O governador do Rio Grande do Sul e presidente nacional do PSDB, Eduardo Leite, demonstrou tranquilidade com a possível aproximação dos seus correligionários baianos com o governo do petista Jerônimo Rodrigues.
A possibilidade vem sendo ventilada nos bastidores após o presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), Carlos Muniz, se filiar ao partido e dar declarações públicas sobre sua intenção de unir as duas partes, que são antagônicas no estado.
“Nosso líder na Bahia, o líder da nossa bancada na Câmara, deputado Adolfo Viana que conduz esse processo de discussão com os demais líderes do PSDB na Bahia, para que possamos conduzir isso com absoluta tranquilidade”, disse Eduardo Leite, em entrevista ao Bahia Notícias no Ar, da rádio Salvador Fm 92,3 FM, com Maurício Leiro e Rebeca Menezes, nesta sexta-feira (26).
“Neste momento, o PSDB está discutindo, no âmbito da Bahia, o seu posicionamento em relação ao governo estadual. A gente respeita e acompanha, deixando claro que isso não afastará o partido das suas convicções”, acrescentou o cacique tucano.
Para justificar a movimento, Leite argumentou que o PSDB é um partido liberal mas que trabalha também pelo social, o que o aproximação dos dois espectros políticos.
“O PSDB é um partido que está no centro e que tem uma agenda clara. A gente tem uma visão sobre privatizações, sobre reforma, sobre como o governo deve ter uma estrutura mais enxuta, que respeita a propriedade privada, enfrentamento firme da criminalidade. Mas por outro lado, também temos uma visão de inclusão social, de apoio às famílias mais pobres, de respeito à diversidade, de inclusão. Como estamos no centro, nós dialogamos com os campos políticos, mais a direita ou mais a esquerda, e isso não significa ficar em cima do muro”.