Jerusa Geber fez história neste sábado (07), no Stade de France, nos Jogos Paralímpicos de Paris. A atleta venceu os 200m da classe T11 e conquistou a medalha de ouro, a 23ª do Brasil, a melhor marca do país em uma edição do evento, superando Tóquio 2020, quando anotou 22 ouros. A acreana ainda igualou o recorde paralímpico (24s51), da britânica Libby Clegg, conquistado na Rio 2016.

– Estou até agora sem acreditar no que aconteceu. Não é a nossa prova, nossa especialidade, venho dizendo que, nos 200m, o que vier é lucro. Jamais acreditávamos que o ouro viria. Sabia que daria pódio, mas não sabia que medalha iria pegar. A chinesa entende de 200m. Eu não sabia que venceria. A palavra é gratidão. O esporte transforma vidas – declarou a campeã.

A reta final da prova foi eletrizante. Jerusa Geber – que havia conquistado a medalha de ouro nos 100m em Paris -, ultrapassou a então líder, a chinesa Cuiqing Liu (24s86), pouco antes da linha de chegada. Representante da Namíbia, Ishitile Lahja (25s04) faturou o bronze.

Jerusa Geber, de 42 anos de idade, soma seis medalhas paralímpicas. A atleta do Acre tem duas de ouro, duas de prata e duas de bronze.

Brasil leva bronze nos 400m

O Brasil subiu ao terceiro lugar do pódio nos 400m da classe T47. Thomaz Ruan de Moraes levou a medalha de bronze, adicionando mais uma conquista ao quadro de medalhas do país na capital francesa. Em Tóquio 2020, o atleta canarinho ficou com a prata, em sua estreia nas Paralimpíadas.

Thomaz de Moraes (47.97) chegou atrás apenas da dobradinha do Marrocos, que dominou a prova com Aymane el-Haddaoui (46,65), dono do ouro, e de Ayoub Sadni, segundo colocado.

– Estou muito feliz com meu desempenho, com a caminhada até aqui. Entrei com alegria nesta prova, sabia que meus adversários eram fortes, mas subir ao pódio era realidade. Vim com gana durante a corrida toda, imaginando que eu poderia vencer. Estou feliz de verdade, agradeço à minha mãe e ao meu treinador – comentou Thomaz.