Alexandre de Moraes seria o primeiro alvo de atentado golpista, diz PF

Foto: Carlos Moura/SCO/STF

A investigação da Polícia Federal sobre a conspiração golpista que levou ao indiciamento de 37 pessoas aponta que Alexandre de Moraes era o primeiro alvo do plano Punhal Verde e Amarelo, que também previa o assassinato do presidente Lula e do vice Geraldo Alckmin.

Segundo a PF, o ministro poderia ter sido vítima de sequestro e prisão arbitrária, além de execução. O plano Punhal Verde e Amarelo:

  • traz um levantamento prévio da movimentação de Moraes;
  • detalha os horários e itinerários de suas agendas oficial e pessoal;
  • demanda quatro equipes com o total de seis pessoas para realizar o atentado
  • um telefone descartável para cada um dos seis envolvidos.
  • A investigação também revelou que os executores do plano tinham um grupo em um aplicativo de mensagens chamado Copa 2022. Eles teriam comprado chips de celular em nome de outras pessoas.
  • Segundo a PF, Mario Fernandes, general da reserva e ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência, foi o articulador do plano. A investigação também apontou que o agente da Polícia Federal Wladimir Matos passou ao grupo que planejava o golpe de Estado informações sobre a equipe de segurança e a localização de Lula.

A investigação, concluída pela PF na quinta-feira (21), levou ao indiciamento de 37 pessoas. Entre os nomes, estavam:

  • o ex-presidente Jair Bolsonaro;
  • o general Walter Braga Netto, candidato a vice na chapa de Bolsonaro;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  • Valdemar Costa Neto, presidente do PL;
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência.

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