Bolsonaristas fazem ofensiva por Conselhos Tutelares e esquerda reage

Cabina de votação com a nova urna modelo UE2020, que foi utilzada nas eleições deste anoFernando Frazão/Agência Brasil

Na primeira vez na história que as urnas eletrônicas são utilizadas em todo o território brasileiro para o processo de escolha das conselheiras e conselheiros tutelares, a disputa pelas 30,5 mil vagas no país tornou-se foco de uma ofensiva de políticos bolsonaristas.

Os conselhos tutelares foram criados de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e têm o objetivo de garantir o cumprimento dos direitos dos jovens com menos de 18 anos.

Esses espaços foram historicamente ocupados por ativistas de direitos humanos ligados a movimentos sociais e partidos de esquerda, mas, neste ano, políticos bolsonaristas viram uma janela de oportunidade para defender suas bandeiras conservadoras.

“A esquerda vem na última década dominando os Conselhos Tutelares. Vamos fazer nossa pelas nossas crianças”, escreveu a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) nas redes sociais.

Assim como ela, outros deputados e lideranças do PL estão em campanha para eleger o maior número possível de conselheiros alinhados com uma pauta de costumes que prega, por exemplo, contra o casamento gay.

“Grupos fundamentalistas e de extrema-direita têm tentado se apropriar dos Conselhos Tutelares. Se um conselheiro tutelar está mais preocupado com sua fé particular do que com sua função pública, isso é perigoso”, disse a deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) nas redes sociais.

As pessoas que estiverem em situação regular na Justiça Eleitoral podem votar até as 17 horas deste domingo (1º). Basta ir ao local de votação com CPF, documento original com foto (físico ou digital) e comprovante de residência.

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