Polícia inicia buscas por rifeiro que desapareceu em Salvador; testemunhas acusam PMs de terem atirado em jovem

Família procura por rifeiro que desapareceu ao sair de casa para tirar fotos com motocicleta na Região Metropolitana de Salvador — Foto: Reprodução

A Polícia Civil iniciou nesta terça-feira (18) as buscas pelo rifeiro Willy Cleiton Silva Lopes, em uma região de matagal que margeia a BR-324, no trecho de Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador. O jovem, que tem 20 anos, sumiu no domingo (16).

Testemunhas relataram que policiais militares teriam atirado contra Willy e um grupo de amigos, que estavam no local fazendo manobras com a motocicleta do jovem, para tirar fotos. Um desses amigos esteve no local com os policiais civis, para ajudar na busca.

A motocicleta e o celular de Willy foram encontrados e devolvidos aos familiares do rifeiro. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde o desparecimento do jovem foi registrado.

Família pede respostas

No dia em que sumiu, Willy acordou cedo e se arrumou para sair de casa, o que causou estranhamento à mãe dele, Milse Silva. Ela relatou que chegou a perguntar o que ele iria fazer, mas o jovem disse que ia trabalhar com rifa.

“Eu falei: ‘Wil, mas você não disse que ia limpar o quintal hoje?’ e ele disse que eu não me esquecia. Eu falei que não, já que ele era o homem da casa. Ele riu, falou que eu estava muito filósofa. Mandei ele vigiar aí ele falou: ‘eu te amo, mãe’

Polícia inicia buscas por rifeiro que desapareceu em Salvador

Depois do sumiço sem respostas, um dos tios de Willy, Fabiano Ribeiro, esteve no local de mata para procurar o jovem, ainda no domingo.

“A gente já fez uma vistoria lá no mato e não achou mais nada. Ficamos até 23h, fomos em todas as delegacias de Simões Filho, no IML, olhamos fotos de pessoas que chegaram lá sem identificação e meu sobrinho não estava lá”, disse Fabiano.

Nesta terça, a família encontrou pedaços de uma motocicleta, e a suspeita é de que sejam do veículo de Willy.

“Achamos pedaços de moto nova, entramos no mato. Como teve disparos de arma de fogo, pode ser que meu sobrinho esteja aí dentro do mato. Os moradores aqui estão revoltados com essa situação”.

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