Mudanças na F1

Fiscais buscam mudança no procedimento de relargada após GP da Austrália

Os fiscais da FIA estão buscando uma revisão nas normas de relargada parada da F1. O motivo foi a confusão durante os períodos de bandeira vermelha que aconteceram durante o GP da Austrália do último domingo (2).

Há um debate acontecendo no paddock da categoria sobre se os reinícios parados são uma boa ideia, especialmente após todo o caos que cercou Melbourne perto do encerramento da disputa.

Acontece que problemas já haviam surgido ainda no início do evento. A primeira bandeira vermelha foi causada pelo acidente de Alexander Albon na volta 7, com uma relargada parada decidida pela direção de prova.

De acordo com as regras da F1, os pilotos precisam dar uma volta atrás do safety-car como uma volta de apresentação para a relargada antes de irem aos boxes.

Acontece que no Albert Park, Lewis Hamilton, que liderava a prova, quase causou um grande acidente ao diminuir a velocidade na ponta do pelotão. Os pilotos que tentavam se aproximar dos adversários à frente estavam em alta velocidade.

Isso foi causado porque George Russell vinha lento deixando o pitlane, então, acelerou para diminuir a diferença. Quando desacelerou ao se encontrar com o restante do pelotão, os competidores atrás foram pegos de surpresa, com muitos precisando frear de última hora.

Sergio Pérez quase foi acertado por Guanyu Zhou, enquanto Logan Sargeant precisou fazer uma manobra evasiva para evitar a colisão contra Valtteri Bottas. Kevin Magnussen precisou ir para a caixa de brita para não ter um acidente.

O incidente foi revisado pelos diretores de prova após o GP da F1 e concluiu-se que nenhum piloto teve de fato culpa pelo que aconteceu. Em comunicado, afirmaram que “quando Russell e os carros atrás se juntaram ao pelotão, encontraram uma velocidade delta significativa entre os dois grupos resultado em uma situação onde diversos carros tiveram de tomar atitudes evasivas”.

“Essa não foi uma situação ideal de um ponto de vista de seguraça. Apesar de o início de Russell ter sido lento, dado que precisou manter a velocidade do pitlane e imediatamente depois acelerou para diminuir a diferença, não consideramos que seria necessário ou apropriado penalizá-lo por uma largada lenta do pitlane. Portanto, não tomamos nenhuma ação”, completou.

Entretanto, os fiscais sentem a necessidade de que o procedimento da volta de formação pode ser melhorado, especialmente quando o piloto da ponta do pelotão é quem dita o ritmo dos pilotos.

Pensando em toda a situação, os comissários pontuaram que a liberdade de o carro da ponta ditar o ritmo tão cedo na volta pode ser melhor lidado com regras mais claras. “Consideramos que parte do problema é que o regulamento permite que o carro líder dite o ritmo quando a relargada é parada do pitlane [diferente de largada em movimento]”.

“Isso deve ser observado no futuro para ver se é apropriado para uma relargada dessa natureza”, completou. fonte f1mania.com

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