Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, ascendeu ao posto de chefe da maior milícia do estado
O miliciano Luis Antonio da Silva Braga, conhecido como Zinho, está preso em uma cela de 6 m². Ele está em uma área reservada do presídio de Bangu 1, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde há apenas custodiados ligados à milícia.
Zinho se entregou à Polícia Federal (PF) na noite de domingo (24), após tratativas que duraram cerca de uma semana entre os patronos do miliciano com a PF e a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro.
Com 12 mandados de prisão, ele era considerado o miliciano mais procurado do Rio e estava foragido desde 2018.
Zinho se apresentou à Delegacia de Repressão a Drogas (DRE) e ao Grupo de Investigações Sensíveis e Facções Criminosas da PF (GISE), na Superintendência Regional da PF.
Após passar pelo Instituto Médico Legal e pela Cadeia Pública de Benfica, na Zona Norte do Rio, que é a porta de entrada do sistema prisional fluminense, o miliciano foi transferido para a unidade de segurança máxima.
No último dia 18, a deputada estadual Lucinha (PSD) foi alvo de uma operação da Polícia Federal, que tinha como objetivo desarticular o núcleo político da milícia de Zinho.
As investigações apontam que a parlamentar era chamada de “madrinha” pelo grupo e agia como lobista em favor de ações ao bando.
A Justiça do Rio determinou o afastamento imediato de Lucinha das funções legislativas, proibição de manter contatos com determinados agentes públicos e políticos, além da proibição de frequentar a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Zinho está à frente da milícia que domina áreas da Zona Oeste do Rio há cerca de dois anos e meio. Ele assumiu o bando após a morte do irmão Wellington da Silva Braga, o Ecko, durante uma operação da Polícia Civil, em junho de 2021.
A organização criminosa também investe na exploração de saibro. Luís Antônio seria, desde antes de chefiar o grupo, responsável pelo negócio.