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SÃO PAULO
Morre Celeste Fishbein, filha e neta de brasileiros, desaparecida após ataques do Hamas em Israel
Jovem era babá e trabalhava em um kibutz – pequena comunidade rural – quando se separou dos familiares, após o início dos bombardeios.
Por Vera Souto, Alan Severiano, Artur Nicoceli, TV Globo — São Paulo
17/10/2023 07h47 Atualizado há 3 minutos
Celeste Fishbein, estava desaparecida desde a manhã de sábado (7), quando o Hamas atacou Israel — Foto: Reprodução/Redes Sociais; P Photo/Adel Hana
O tio de Celeste Fishbein, filha e neta de brasileiros que havia sido sequestrada pelo Hamas, disse nesta terça-feira (17) que a jovem morreu.
“(O exército israelense) avisou a gente que a (minha) sobrinha foi assassinada. Encontraram o corpo dela”, disse Mario Fishbein. Ela é filha e neta de brasileiros.
Os familiares estavam à procura dela desde 7 de outubro, quando Celeste parou de dar notícias, após o atentado do grupo extremista Hamas ao território israelense.
Segundo Mario, representantes do exército israelense foram até a casa da família dar a notícia, mas não informaram outros detalhes, como quando e onde o corpo foi encontrado, nem as circunstâncias em que ela morreu — a família espera que o corpo de Celeste seja liberado nesta terça ou amanhã.
Inicialmente, nos dias anteriores, o Exército israelense havia informado a família que a jovem foi feita refém em Gaza.
Os familiares da jovem tiveram mais sorte. Quando as sirenes soaram, eles, que estavam na casa da avó promovendo uma cerimônia religiosa, foram para um abrigo. E a partir desse momento trocaram mensagens com ela em um grupo da família. Do abrigo, conseguiram ver várias residências sendo invadidas e destruídas
Inicialmente, Celeste, que estava em casa com o namorado, estava respondendo às mensagens do grupo. Ela, inclusive, quem deu o alerta de que os terroristas estavam disfarçados e invadindo as casas, depois de dizer que estava bem.
“Terroristas do Hamas disfarçados de soldados do exército de Israel estão batendo nas portas. Favor não abrir as portas. Protejam suas vidas. Compartilhem”, disse a mensagem.
A família Fishbein perdeu contato depois do início dos ataques terroristas, que obrigaram todos os moradores das comunidades rurais a se abrigar dentro de bunkers de proteção, uma espécie de abrigo antibombas.
“Celeste ficou com o namorado em Gaza. Eles deixaram de responder as mensagem de celular às 11 horas. E ninguém tem mais notícias”, contou o tio.