Numa recente conversa com um dos seus interlocutores mais próximos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou pela primeira vez que mudou o seu critério para a escolha da próxima vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), que será aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, ainda este ano.
Lula passou a reconhecer a necessidade de que a vaga seja ocupada por uma mulher, mesmo que haja postulantes homens que, hoje, sejam mais próximos do presidente. Se a vaga de Rosa não for preenchida por uma mulher, a Corte de 11 ministros terá uma única representante do gênero feminino: Cármen Lúcia.
Esse interlocutor foi defender junto ao presidente um dos três nomes mais cotados para a vaga. Até aqui, o presidente Lula estava se fixando nos nomes dos ministros Flávio Dino (Justiça), Jorge Messias (AGU) e do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.
“Mas dessa vez, vai ter que ser uma mulher”, respondeu Lula ao ouvir atentamente os argumentos para a escolha de um dos cotados.
No entorno mais próximo de Lula, a mudança de critério para a escolha da futura vaga no STF é atribuída à influencia direta da primeira-dama, Janja da Silva.