Caso Henry: Monique Medeiros volta para a prisão por determinação do STF

Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, volta a ser presa na manhã desta quinta-feira (6) — Foto: Lucas Madureira 

Monique Medeiros voltou a ser presa, na manhã desta quinta-feira (6), na casa da mãe, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. A defesa dela já havia informado que ela se entregaria no começo da manhã.

Ré por tortura e homicídio contra o filho Henry, ela será levada ao Instituto Penal Santo Expedito, em Gericinó, unidade onde ficou anteriormente custodiada.

O menino de 4 anos morreu no dia 8 de março de 2021. Exames de necropsia mostraram que ele tinha 23 lesões no corpo e morreu por ação contundente e laceração hepática. Ele estava no apartamento onde a mãe morava com o padrasto, na Barra da Tijuca, e foi levado por eles ao hospital, onde chegou já sem vida.

A prisão foi determinada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (5), após analisar um recurso do pai do garoto, Leniel Borel.

(Correção: O g1 errou ao publicar que a prisão havia sido pedida pelo ministro Gilmar Mendes. Na verdade, o pedido de revogação da liberdade de Monique Medeiros foi feito por Leniel Borel, pai da vítima. O ministro Gilmar Mendes analisou e decidiu pelo retorno de Monique à prisão. A informação foi corrigida às 12h30).

De acordo com a decisão, ela teria coagido uma testemunha e estaria utilizando redes sociais, descumprido as medidas cautelares impostas pela Justiça. A defesa da ré nega 

“Hoje ela está voltando para o lugar que ela nunca deveria ter saído”, disse Leniel após a prisão.

O pai do menino disse que o STF agiu corretamente ao determinar o retorno de Monique para a cadeia.

“É uma vitória para o povo brasileiro. É uma vitória para o processo. É uma vitória para a Justiça. Quero agradecer intensamente ao STF, ao ministro Gilmar Mendes, que vem fazendo justiça no caso do meu filho assertivamente em todas as fases do processo. Monique nunca era para ter sido solta e estar em liberdade.”

Na quarta-feira (5), Leniel já tinha se pronunciado e dito que era imprescindível a prisão, uma vez que ela foi pronunciada pelos crimes de homicídio, tortura e coação no curso do processo, e que, em liberdade, ela é um risco para a instrução que será realizada no dia do júri popular.

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