Operação contra venda ilegal de armas em SE e BA; duas pessoas morreram
Duas pessoas morreram em confronto com policiais civis e militares durante uma operação, que ocorre em Sergipe e na Bahia, contra a comercialização ilegal de armas de fogo, munições e acessórios na cidade sergipana de Itabaiana. Outros cinco investigados foram presos, entre eles um policial militar, e seis armas de fogo foram apreendidas.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), políticos também estão entre os investigados.
A operação ocorre nas cidades sergipanas de Aracaju, Itabaiana, Ribeirópolis, Nossa Senhora Aparecida, Canindé de São Francisco, Areia Branca, Neópolis, e em Ibotirama, na Bahia.
A SSP informou que as investigações se iniciaram em agosto do ano passado, quando policiais civis prenderam em flagrante um homem investigado por tráfico de drogas e homicídio. Foi identificado que ele operava um esquema criminoso comercializando ilegalmente e em larga escala armas de fogo, munições e acessórios. O grupo tinha forte atuação em estados como Sergipe, Alagoas e Bahia.
O grupo fazia uso de armamento de grosso calibre, associado a servidores públicos, inclusive policiais e políticos, com o objetivo de praticar crimes e garantir a impunidade, com a utilização de informações privilegiadas para obter lucro e poder criminoso.
Segundo a investigação, os anúncios e comercialização dos materiais bélicos se davam, principalmente, através do aplicativo de mensagens, com negociações de preços e envio de comprovantes de depósitos das transações.
Ainda de acordo com a apuração policial, um dos investigados chegou a movimentar para a organização criminosa cerca de R$ 150 mil comercializando cerca de 23 armas de fogo. Há indícios de que os investigados atraiam pessoas para adquirir, legalmente, armas de fogo e munições, as quais eram vendidas de maneira ilícita.
A operação está sendo chamada de Underground e, segundo a SSP, refere-se “ao submundo do crime”.
O que diz a PM
Através de nota, a Polícia Militar informou que o agente, que foi preso preventivamente, deve ser encaminhado ao Presídio Militar, na capital. E que, após ter acesso à acusação formal, o comando da corporação instaurará procedimento administrativo para apurar a conduta do agente.