
Química entre Trump e Lula zera tarifaço sobre centenas de produtos brasileiros
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se rendeu à química que ele disse ter tido com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, quando se encontraram, em setembro, nos corredores da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. O líder norte-americano zerou o tarifaço que havia imposto a centenas de produtos brasileiros exportados para a maior economia do planeta. No dia 14 de novembro, havia caído a tarifa recíproca de 10%. Nesta quinta-feira, 20 de novembro, Trump retirou a sobretaxa de 40%. Com isso, o Brasil, que estava na liderança dos países mais punidos pelos EUA, agora, está no time das nações menos taxadas pelo governo norte-americano.
O jornal espanhol El País afirmou que Trump iniciou uma “revisão de sua política comercial após perceber, embora não tenha admitido publicamente, que o custo de vida está impactando sua agenda política”.
Segundo o periódico, “a questão da acessibilidade financeira se transformou em um elemento central do debate público após a vitória do socialista Zohran Mamdani na eleição para prefeito de Nova York”.
Tendo o custo de vida como principal argumento de sua campanha, Mamdani foi o primeiro prefeito muçulmano eleito na cidade.
O El País diz que a Casa Branca vem estudando há semanas medidas para enfrentar o problema do custo de vida no país.
E afirma que Trump busca reduzir os preços dos supermercados na semana em que as famílias celebram o Dia de Ação de Graças, o feriado mais popular do país, como um símbolo de sua nova estratégia política.
A Reuters também lembrou que a ordem de Trump não mencionou as ações contra as autoridades brasileiras envolvidas no processo e condenação de Bolsonaro por golpe de Estado.
A mais emblemática delas foi sancionada contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e sua esposa, Viviane Moraes. Ambos foram incluídos na Lei Global Magnitsky, utilizada para punir terroristas e violadores dos direitos humanos. Outros ministros tiveram seus vistos e de seus familiares para os EUA revogados.




