Artista plástico César Romero morre após se engasgar durante alimentação

 Foto: Divulgação

O artista plástico, médico, fotógrafo e crítico de arte, César Romero, morreu aos 74 anos, em Salvador, na noite de terça-feira (7).

César Romero de Oliveira Cordeiro nasceu em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, e começou a pintar na adolescência. Aos 17 anos, recebeu do governador Luiz Viana Filho o prêmio da primeira Exposição Intercolegial de Artes Plásticas.

O baiano se formou em Medicina e dividia o tempo entre o consultório e o ateliê. Ao longo dos mais de 50 anos de carreira, retratou o Nordeste em suas obras através da cultura popular e símbolos afro-brasileiros.

Em nota, a Polícia Civil informou que vizinhos relataram que o artista plástico estava sendo alimentado por uma cuidadora quando se engasgou com a comida. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada e tentou reanimá-lo, mas não conseguiu.

A polícia afirmou ainda que o caso foi registrado na 14ª Delegacia Territorial (DT) da Barra e a perícia vai determinar a causa da morte dele.

César Romero não era casado e não tinha filhos. Informações sobre velório e sepultamento não foram divulgadas até a última atualização desta reportagem.

Repercussão

A morte de César Romero foi lamentada pela Fundação Cultural da Bahia (FUNCEB), que também afirmou que o artista plástico é uma das mais respeitadas vozes na crítica de arte no estado.

“Natural de Feira de Santana, iniciou sua carreira na pintura em 1967, tendo participado de diversos salões no Brasil, incluindo atuação como júri. Passou por diversas premiações nacionais e internacionais e sua obra é reconhecida por traços marcantes da cultura popular nordestina”.

Em nota, a instituição disse que com seu uso peculiar das cores, Romero teve uma trajetória de enaltecimento, com sua arte, das festividades populares e da religiosidade afro-brasileira, além de manifestar seu orgulho pelo sertão, por meio da gravura, do desenho e da ilustração.

“Ao longo dos mais de 50 anos de carreira, retratou o Nordeste em suas obras. Seu potencial de articulação enquanto crítico das artes visuais também marcou sua história na Bahia e no mundo, publicando artigos, fazendo curadoria e participando de inúmeras exposições Brasil afora”, ressaltou a Funceb.

“A Bahia perde uma potência nas Artes, na Cultura e na poesia feita com traços e cores”.

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