
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que falou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira (6), disse que a ligação foi “muito boa” e que viajará para o Brasil “em algum momento”.
Questionado se poderia visitar o país durante a COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que acontece em novembro, em Belém, no Pará, ele não deixou claro se virá para o evento.
Em um post na rede Truth Social, o norte-americano afirmou que ele e Lula farão um encontro “em um futuro não muito distante” e que a reunião presencial pode ocorrer “tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos”.
“Nesta manhã, eu fiz uma chamada telefônica muito boa com o presidente Lula, do Brasil. Nós discutimos muitas coisas, mas a conversa focou principalmente na economia e no comércio entre os dois países. Nós teremos novas discussões e nos reuniremos em um futuro não muito distante, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Eu gostei da ligação telefônica — nossos países irão muito bem juntos!”, postou.
Mais tarde, durante uma coletiva de imprensa no Salão Oval, Trump foi questionado sobre a conversa. Ele chamou o presidente brasileiro de “bom homem” e afirmou que vão “começar a fazer negócios”.
“Nós nos conhecemos, gostamos um do outro e, sim, tivemos uma ótima conversa. Vamos começar a fazer negócios. (…) Em algum momento eu vou [para o Brasil], e ele [Lula] vai vir aqui… Nós conversamos sobre isso”, disse.
A conversa entre os presidentes norte-americano e brasileiro ocorreu após Trump ter anunciado de surpresa, em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que os dois haviam combinado que falariam por telefone durante um breve encontro nos bastidores.
O governo brasileiro anunciou nesta manhã que a conversa ocorreu, por meio de uma videoconferência. Ainda de acordo com o Planalto, a reunião durou cerca de 30 minutos, e foi Trump quem telefonou para Lula — o norte-americano não confirmou a informação na publicação em que falou sobre a conversa com o brasileiro.
Em nota, o governo brasileiro afirmou também que o petista pediu a Donald Trump que reveja o tarifaço e as sanções a autoridades brasileiras, aplicadas pelo governo Trump em retaliação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado do norte-americano, no Supremo Tribunal Federal