
Em pleno século XXI, enquanto boa parte da população mundial clama por mais oportunidades, dignidade e desenvolvimento, líderes — tanto mundiais quanto nacionais e estaduais — seguem demonstrando um velho e perigoso desprezo por um dos pilares fundamentais da transformação social: a educação.
Nos Estados Unidos, por exemplo, o governo federal tem realizado cortes significativos no financiamento de universidades públicas. Grandes instituições têm enfrentado dificuldades até para manter cursos de ponta, como os voltados para tecnologia, engenharia e ciência de dados. O próprio presidente americano tem feito duras críticas ao ensino superior, especialmente às universidades que, segundo ele, “formam jovens militantes e críticos ao sistema”. Essa postura, além de conservadora, revela um medo escancarado: o medo de uma população pensante, crítica e empoderada.
Não se trata apenas de uma crise econômica, mas de um projeto de silenciamento. Reduzir investimentos, limitar bolsas de estudo, cortar verbas de pesquisa e sucatear os sistemas educacionais é, na prática, um ataque direto ao futuro das nações.
O Brasil não fica atrás. Em diversos estados, vemos governadores tentando implementar projetos de privatização do ensino público, sobretudo no nível médio e superior. O discurso é quase sempre o mesmo: “eficiência”, “parcerias”, “contenção de gastos”. Mas a realidade é mais cruel: querem transformar a educação em mercadoria, reservando o direito de aprender — e, com isso, de ascender socialmente — apenas aos que podem pagar.
Nas entrelinhas, está a verdadeira intenção desses líderes: manter o povo na ignorância. Porque sabem que educação liberta, dá voz, organiza lutas e transforma realidades. E uma população educada não aceita calada a desigualdade, não se curva à exploração e não se contenta com migalhas.
Educar é revolucionar. E é por isso que tantos líderes temem escolas livres, universidades críticas e alunos conscientes. A educação assusta quem quer manter o poder centralizado, quem governa com base na alienação e na manipulação.
É preciso, mais do que nunca, defender a escola pública, gratuita e de qualidade. É preciso resistir aos retrocessos e denunciar as posturas daqueles que preferem ver um povo calado do que um povo instruído. Porque, no fundo, eles sabem: um povo que estuda é um povo que desperta.
De cara com as feras, de frente com a verdade. 🐾✊📚
Por| Alenilton Malta
