O Brasil passou a ter o segundo maior juro real do mundo após o Comitê de Política Monetária (Copom) decidir elevar a taxa básica de juros. O juro real é formado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal do país subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses.
O Banco Central do Brasil (BC) decidiu nesta quarta-feira (18) aumentar a Selic em 0,25 ponto percentual (p.p.), para 10,75% ao ano. Assim, segundo levantamento compilado pelo MoneYou, os juros reais do país ficaram em 7,33%. O líder do ranking é a Rússia, com taxa real de 9,05%.
Na última divulgação, em 31 de julho, o Brasil ocupava a terceira colocação da lista. A combinação de inflação mais forte e cenário externo desafiador continua a pressionar o fechamento da taxa real de juros, informou o MoneYou.
A Argentina continuou com o último lugar no ranking. Apesar de, em junho, ter perdido para a Turquia o posto de maiores taxas nominais da lista (40% ao ano, frente aos 50% da Turquia — veja mais abaixo), o país também enfrenta uma inflação altíssima, o que acaba derrubando as taxas reais.
Alta da Selic
Nesta quarta-feira, o Copom anunciou sua decisão de elevar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para a casa de 10,75% ao ano.
Na decisão anterior, em julho, a autoridade monetária havia mantido a taxa básica inalterada em 10,50%. Essa tinha sido a segunda reunião consecutiva de taxa inalterada pelo Comitê.