A Bahia ocupa a segunda posição na lista de estados com maior população vivendo em domicílios improvisados. Segundo Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 13.654 pessoas habitavam em edificações sem dependências exclusivas para moradia; em estruturas comerciais ou industriais degradadas ou inacabadas; em calçadas, praças, viadutos ou abrigos, além de estruturas móveis, como veículos e barracas.
O IBGE apontou que mesmo representando somente só 0,10% de todos os habitantes do estado, o público que morava em locais improvisados só era menor do que a encontrada em São Paulo, estado mais populoso do país, onde 42.066 pessoas viviam nessa condição, representando 0,09% do total de habitantes.
Na Bahia, o total de moradores de domicílios improvisados na Bahia ainda era maior do que as populações de 154 dos 417 municípios baianos (36,9%), superando as de cidades como Rio de Contas (13.184 habitantes), Lençóis (10.774 habitantes) e Pau Brasil (9.370 habitantes), por exemplo.
Em geral no país, durante 2022, cerca de 160.485 pessoas (0,08% da população total) moravam em domicílios improvisados. Já em questões relacionadas a termos absolutos, depois de São Paulo e Bahia.
Mesmo tendo o 2º maior número de pessoas vivendo em habitações improvisadas no período, a Bahia também teve a 2ª maior redução absoluta dessa população, que caiu pela metade entre os Censos. Em 12 anos, 14.879 pessoas deixaram de morar em domicílios improvisados, no estado, o que representou menos 52,1% frente às 28.533 existentes em 2010 – na época, também o 2º maior contingente do país.
No estado, o domicílio mais improvisado mais frequente eram as tendas ou barracas de lona, plástico ou tecido, onde viviam 4 em cada 10 pessoas que moravam em domicílios improvisados no estado (40,0%) ou 5.468 pessoas.
Em seguida vinham os estabelecimentos para outros fins que não tinham dependências exclusivas para moradia, onde moravam 3.914 pessoas ou 28,7% das pessoas em domicílios improvisados.