Segundo a Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o custo de vida das famílias da Região Metropolitana de São Paulo, em especial das de baixa renda, desacelerou no último trimestre de 2024.
De acordo com o índice geral da pesquisa Custo de Vida por Classe Social (CVCS), no período entre abril e junho, o custo de vida subiu cerca 0,71%. O número é inferior quando comparado ao período finalizado em março, no qual o avanço tinha sido de 0,97%.
Para a federação, essa desaceleração é positiva por trazer fôlego para o orçamento das famílias em um contexto do mercado de trabalho aquecido e massa de renda elevada.
Além disso, segmentos como o do varejo também são beneficiados, isso porque com essa queda é possível que o setor se planeje no longo prazo com mais certezas no horizonte.
Por extrato social
Ao analisar os números, a federação apontou que famílias de classes mais baixas tiveram reduções mais relevantes quanto a inflação.
O indicador mostrou que classes E e D, observaram seu custo de vida subir nos últimos três meses cerca de 0,64% e 0,59%, respectivamente. Enquanto para as famílias da classe A esse aumento foi mais significativa, de 0,94% no mesmo período.
Segundo a FecomercioSP, essa diferença aconteceu principalmente pelos dois grupos de produtos e serviços: os de alimentos, bebidas e transportes.
O primeiro grupo subiu 1,13% para classe A, mas apenas 0,3% para a classe E, por exemplo.
A explicação para isso está no fato de que os preços de itens de supermercados ficaram mais controlados do que custos de bares e restaurantes, que pesam mais no orçamento de famílias mais ricas que preferem comer fora de casa.
Já serviços como o de transporte subiram 0,52% para classe A, 0,1% para classe E e 0,47% para classe D. Nesse caso, a manutenção do preço de combustível foi o responsável pela diferença dos números. Fora a isso, as passagens aéreas também sofreram reajustes.