A Voepass é, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a empresa aérea que mais cresceu no Brasil no último ano, entre julho de 2023 e junho de 2024, considerando voos domésticos.
O RPK (Revenue Passenger Kilometres, em inglês) é o indicador que mede demanda, multiplicando o número de passageiros pagantes pelos quilômetros viajados. No período mencionado, a Voepass cresceu 39,3%.
As maiores aéreas do país, Latam, Azul e Gol, que concentram 99% do mercado, tiveram variações menos expressivas em suas demandas (6,6%, 5,4% e -1,9%, respectivamente). Nenhuma das demais se aproximou do crescimento da Voepass.
Considerando apenas a variação em número de passageiros no período, a Voepass cresceu 41,9%, movimentando 829 mil pessoas, entre 43 destinos. Nos 12 meses imediatamente anteriores, foram contabilizados 584 mil viajantes
A companhia hoje tem uma parceira de codeshare com a Latam, modalidade em que o usuário compra uma passagem de uma companhia aérea e embarca no avião de outra empresa.
De acordo com o Planespotters, todas as 16 aeronaves operadas pela companhia são da fabricante ATR, sendo dois ART-42 e 14 ART-27 — modelo do avião que caiu em Vinhedo. A média de “idade” das aeronaves é de 17 anos.
A empresa foi fundada em 1995 e se chamava inicialmente Passaredo. Em 2019, a companhia comprou a MAP Linhas Aéreas, com sede em Manaus, e passou a se chamar Voepass.
Avião estava na frota há menos de 2 anos
O avião que caiu em Vinhedo era operado há menos de dois anos pela Voepass. 62 pessoas morreram em decorrência do acidente.
Registrado como PS-VPB, o ATR 72 que caiu em Vinhedo é parte da frota da companhia desde 17 de outubro de 2022. Fabricada em Toulouse, na França, em abril de 2010, a aeronave tem 14 anos.
Antes de pertencer à Voepass, a aeronave foi operada pela marroquina Belle Air, pela italiana Belle Air Europe, pela norueguesa Nordic Aviation Capital (NAC) e pela polonesa Pelita Air Service.