Bahia encara o Botafogo de peito aberto e sai do ringue com a vice-liderança do Brasileirão

 Foto: Letícia Martins / EC Bahia

Novo vice-líder do Campeonato Brasileiro, o Bahia foi até o Engenhão de peito aberto para encarar e vencer o Botafogo por 2 a 1. Prova disso está no time montado por Rogério Ceni, que repetiu a escalação que venceu Grêmio e Criciúma, nas última partidas, como também a atitude da equipe, que não temeu a boa fase do adversário atuando em casa e jogou para frente desde o primeiro minuto

O meio de campo ideal de Rogério Ceni foi capaz de fazer o Bahia bater de frente com o Botafogo fora de casa e controlar parte do primeiro tempo ao seu modo, com trocas de passes curtos e triangulações pelos lados. Mas também ofereceu espaços para os mandantes arriscarem muitas finalizações. A maioria delas sem perigo, é preciso dizer.

Se fosse uma luta de boxe, Botafogo e Bahia teriam protagonizado uma empolgante troca de golpes. E os mais perigosos do Tricolor foram articulados por Santiago Arias e Everaldo. Primeiro em contra-ataque que terminou com finalização ruim do lateral. Depois com cruzamento preciso do colombiano para cabeçada firme do atacante, que só não entrou por um milagre de John 

Arias e Everaldo também foram protagonistas no lance do gol do Bahia. Foi o lateral que chutou a bola antes dela desviar no braço de Hugo dentro da área. Pênalti marcado com ajuda do árbitro de vídeo e convertido por Everaldo aos 47 minutos. Um soco certeiro logo antes do gongo soar para o fim do primeiro tempo

Segundo round

No começo do segundo tempo, o Botafogo foi para cima e colocou o Bahia nas cordas. E aí dez minutos foram mais que suficientes para Rogério Ceni entender que precisava sair daquela situação. O treinador, então, sacou Everton Ribeiro e Everaldo para as entradas de Ademir e Rezende. Trocas para reforçar o meio de campo e ganhar uma opção de velocidade.

O Bahia queria amarrar o jogo, ir para o clinchMas não foi o que aconteceu. Na prática, o Tricolor seguiu acuado e sofreu o gol de empate aos 17 minutos, depois de uma sequência de duros golpes do Botafogo

Depois do gol, o Bahia não mostrou muita força para reagir e viu o Botafogo fazer mudanças para ser cada vez mais ofensivo. Aos 22 minutos, Cuiabano perdeu uma chance incrível. O roteiro do jogo não parecia positivo para os comandados de Rogério Ceni, mas aí uma máxima do boxe nos cinemas entrou em ação.

O nocaute

Não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. O quanto pode suportar e seguir em frente. É assim que se ganha.

— Rocky Balboa

O Bahia aguentou continuar. Sobreviveu aos melhores momentos do Botafogo e, na reta final da partida, encaixou um contra-ataque perfeito para voltar à frente do placar. Passe de Carlos de Pena e gol de Rafael Ratão. Um nocaute para vencer a partida e chegar ao segundo lugar da tebela do Brasileirão 

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