Com um time misto diante da agenda cheia de jogos, o Bahia dominou o Jacuipense e venceu partida por 2 a 0, na tarde deste domingo, pela última rodada da primeira fase do Campeonato Baiano. Rafael Ratão anotou o primeiro gol logo aos cinco minutos, e Biel deu números finais ao confronto na reta final da primeira etapa.

Em entrevista coletiva após a partida, o técnico elogiou alguns jogadores do time. Entre eles o atacante Biel, que anotou o seu primeiro gol no ano, e Cicinho, que voltou a ser utilizado na lateral esquerda e foi bem

– Um treinador não se programa sozinho para o próximo ano. Tem toda a parte contratual, parte financeira. Às vezes você não consegue trazer um jogador porque já tem orçamento ocupado naquele setor. Sobre Cicinho, foi bem na esquerda mais uma vez, depois foi para o lugar do Yago no meio. Fez a ponta do tripé, foi como volante também para quebrar galho. O jogador que se entrega muito, o torcedor normalmente vai comprar, vai apoiar. Ele é muito competitivo. Acho que o torcedor fica feliz. Ele tem como principal qualidade a recomposição, a parte física dele está muito melhor esse ano. Todo grupo sempre tem aquele cara que é escolhido como o da vez que está mal, alguém que o torcedor pega no pé. Cicinho era ano passado, esse ano daqui a pouco escolhem outro – pontuou Ceni.

“Em matéria de criatividade, Biel um jogador com boa técnica e domínio. Não tem aceleração do camisa dez, como Cauly, mas ele tenta. Hoje jogou e fez bem a função. Teve lucidez, criou jogadas, fez gol. Fico feliz por ele. Já tinha ajudado com assistências, mas é bom para ele pegar confiança. É um jogador importante para a gente”.

Quanto mais jogadores versáteis o Bahia tiver no elenco, melhor será para Rogério Ceni, que voltou a criticar a quantidade de jogos nos próximos dias. Com a disputa do Campeonato Baiano, Nordestão e Copa do Brasil, o Tricolor pode entrar em campo até nove vezes em março.

– Faço as mudanças para tentar sobreviver. Hoje, o Everton estava com um incômodo leve, acredito que amanhã ele já treina normalmente. Alguns ficaram fora da relação porque vinham de uma sequência pesada de jogos. A gente entendeu que com essa escalação era possível vencer o jogo. Demos 45 minutos para o Caio [Alexandre], e demos mais minutos para alguns garotos. Isso vale para a gente fazer uma análise para o Brasileiro.

É muito jogo, sabe? De três em três dias é pesado até mentalmente. Tem o desgaste mental, a pressão é muito grande. Isso cansa também. Não só a parte física, as viagens. A parte física pega, está muito quente. Isso desgasta bastante”.

Porém, o técnico afirmou que a prioridade do time é sempre vencer, independente da competição ou do jogo, e disse que vai procurar soluções para driblar o desgaste da sequência pesada.

– Em todo lugar que eu passo, eu pergunto qual é a prioridade. Normalmente eles dizem que eu decido. A minha prioridade é sempre vencer. Se você cair em qualquer competição vão dizer que é um vexame. Na Copa do Brasil pegamos um adversário muito duro. Eu torço para que a gente tenha energia para competir em todas as frentes. Acho que na Copa do Brasil, em jogo único fora de casa, torna o jogo mais complicado e difícil. Os outros estão aqui mais perto.

“Jequié, Ceará, aí depois tem clássico outra vez, e querem que eu jogue com todo mundo no clássico. Tem que jogar com todo mundo sempre e tem que ganhar sempre. Vamos ver o que conseguimos fazer. Acho que a Copa do Brasil vai ser o maior desafio. Mas vamos tentar chegar na final do Baiano e manter boa pontuação no Nordestão. Mas repito, é muito jogo”, concluiu.

Mesmo com a grande quantidade de jogos, o Bahia deu conta do recado mais uma vez neste domingo e assegurou a liderança do Campeonato Baiano, 19 pontos. Agora, o time enfrenta o Jequié, no próximo fim de semana, pela semifinal. O jogo ainda não tem data nem horário definidos.