Isabelle Marciniak lutava contra um linfoma de Hodgkin e faleceu na quarta-feira, em Curitiba

A ginasta paranaense Isabelle Marciniak, que morreu aos 18 anos, nesta quarta-feira, 24 de dezembro, vítima de câncer, tinha a vontade de voltar ao esporte. A informação é de Kareen Priscilla, ex-treinadora da atleta no Clube Agir, de Curitiba.

Isabelle Marciniak era natural de Araucária, região metropolitana de Curitiba, e lutava contra um linfoma de Hodgkin. Ela fazia parte da equipe de ginástica rítmica do Clube Agir, de Curitiba, por onde ganhou títulos estaduais e nacionais.

— Belle teve destaque mais em conjunto. Mas sempre foi talentosa, muito flexível. Nos últimos tempos, já no hospital, ela falava que queria voltar a treinar — disse a treinadora 

Kareen Priscilla trabalhou com Belle, como costumava a se referir à ginasta, por oito anos. A treinadora lembra da atleta como uma pessoa muito educada e dedicada ao esporte.

— A Belle começou cedo na ginástica em Araucária. Depois de um tempo, trouxemos ela para o Clube Agir. Ela sempre foi uma menina muito dedicada, muito linda em quadra, sempre foi educada e nunca deu trabalho — afirmou Kareen.

No final de 2024, Isabelle estava com problemas respiratórios. Ela foi para o médico, e o caso foi tratado como uma bactéria, mas o quadro clínico se agravou com o passar dos meses.

— Ela ficou doente em janeiro e desde então esteve sempre entre o hospital e a casa. Foi muita coisa, muitos procedimentos. É sem dúvida uma perda triste demais — disse a treinadora.

No Campeonato Paranaense deste ano, em Curitiba, Belle esteve presente em uma cadeira de rodas, mas ainda não sabia do linfoma de Hodgkin.

— Nos últimos dias eu a visitei, e ela já estava bem debilitada. Após uma sessão de quimioterapia, a Belle teve sangramento hemorrágico — finalizou Kareen.

Isabelle foi ouro no Brasileiro de Ginástica Rítmica, conquistando o título no individual geral em 2021, além de ganhar também no aparelho bola e prata na fita.

Em 2023, ela foi campeã no trio adulto do Paranaense de conjuntos, uma das últimas conquistas como atleta, antes de parar para fazer o tratamento contra o câncer.