STF condena Bolsonaro e golpistas; Trump ignora e vai jogar golfe em Nova York

Enquanto o Supremo Tribunal Federal escrevia mais um capítulo histórico ao condenar Jair Bolsonaro e outros sete réus por tramarem contra a democracia, o ex-presidente norte-americano Donald Trump — principal aliado e apoiador de Bolsonaro nos EUA— preferiu ir assistir a uma partida de golfe em Nova York.

Ou seja: era só barulho. Trump mostrou que não está nem aí para a situação de Bolsonaro, seja como réu, seja como ex-presidente. O que realmente o preocupa são as disputas econômicas e políticas dentro dos Estados Unidos. Quem esperava apoio, viu apenas descaso.

Trump parece que não é tão amigo quanto pensam

A cena se repetiu: mesmo após perder um de seus principais aliados Charles Kirk, assassinado ontem 10\09 em um evento universitário, Trump não mudou a agenda. No dia seguinte, foi visto em uma partida de beisebol. Frieza total.

Deus , pátria , família ?

A direita conservadora, que tanto fala em “família” e “pátria”, vai se mostrando cada vez mais interessada em poder, não em pessoas. No Brasil, até líderes religiosos como Edir Macedo têm sido questionados: um de seus pastores se suicidou recentemente, e a reação foi de indiferença. Para críticos, isso expõe a contradição de uma pregação que mais engana do que consola.

STF foi intenso

Por 4 votos a 1, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes, sob acusação de liderar uma trama para permanecer no poder após as eleições de 2022. É a primeira vez na história do país que um ex-presidente é punido por esse crime.

O 11 de setembro de 2025, data já carregada de simbolismo, ficará marcado também como o dia em que as instituições brasileiras mostraram força. Uma mensagem direta: não se brinca com a democracia.

No Supremo, o dia foi de tensão. depois de um dia de ontem marcado pelo voto de 13 horas o ministro Luiz Fux quase todo tempo da fala defendendo uma posição contrária ao relator Alexandre de Moraes, mas a tentativa de reverter o óbvio não prosperou. As provas estavam ali, claras. No fim, a democracia venceu: Bolsonaro e os demais golpistas foram condenados.

Seguindo voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, o colegiado entendeu exceto Luiz Fux que ele deve ser condenado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Bolsonaro está inelegível desde junho de 2023. Atualmente, ele cumpre prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica, por ordem de Moraes. 

Prisão

A prisão em função da condenação não vai ocorrer de forma automática. Somente após a análise dos recursos contra a condenação, a prisão será efetivada.

Quem são os réus

Fotos: Agência Brasil
  • Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;
  • Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  • Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
  • Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  • Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto – ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice na chapa de 2022;
  • Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. 

Data histórica

O 11 de setembro de 2025, data já carregada de simbolismo, ficará marcado também como o dia em que as instituições brasileiras mostraram força. Uma mensagem direta: não se brinca com a democracia.

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