Quem era Ratomen, traficante morto em operação

Imagens redes sociais

Gabriel Gomes Faria, conhecido como Ratomen, foi morto na noite desta segunda-feira (18) durante uma operação da Polícia Civil na Cidade de Deus (CDD), na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Apontado pelas autoridades como traficante, ele era um dos alvos da ação e morreu após um confronto.

Em suas redes sociais, Gabriel mesclava uma rotina de lazer e reflexões com referências diretas à vida no crime.

Em seus perfis no Instagram e no Twitter, Gabriel Gomes Faria exibia um estilo de vida que incluía fotos em uma motocicleta de alta cilindrada e a exibição de suas tatuagens, como uma que cobria todo o braço com imagens dos deuses gregos Zeus e Poseidon. A aparência, com diferentes penteados e roupas, também era um destaque em suas publicações.

A religiosidade era um tema recorrente. Posts como “Obrigado Deus, mais um ano na pista” e “Deus obrigado por mais um livramento e se fazer presente na minha vida” eram frequentes. As publicações alternavam entre agradecimentos e reflexões sobre foco e a importância de se manter centrado nos objetivos pessoais.

Referências ao crime e últimas postagens

Em contraste com as mensagens de fé, Ratomen também fazia alusões diretas à criminalidade. Em agosto, ele publicou em seu Twitter frases como “para não ser esculachado tive que forma no crime” e “preparado eu ganhei meu porte, hoje eu dou tiro para cara***”.

Ratomen também menciona em suas publicações uma suposta sequela de um acidente que o “quase” deixou sem andar. Dias antes de morrer, em sua última postagem no Twitter, ele manifestou que o acidente ainda o deixava “cheio de dor”.

Uma de suas últimas publicações no Instagram, ele trazia a legenda “nada pode me parar”. A frase era um mantra, e aparece em diversos momentos de seus registros públicos. Após sua morte, a postagem recebeu comentários irônicos de seguidores, como “conseguiram parar você”.

Morte

A operação foi conduzida pela DRFC (Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas). Segundo a Polícia CivilRatomen foi baleado durante a ação, chegou a ser socorrido em um hospital da região, mas não resistiu. Com ele, foi apreendida uma pistola.

Ele é apontado pela polícia como um dos envolvidos na morte do agente José Antônio Lourenço Júnior, ocorrida em 19 de maio deste ano.

Segundo investigações da Polícia Civil, Ratomen atuava como gerente de uma boca de fumo no Bairro 13, dentro da comunidade. A área é dominada pela facção CV (Comando Vermelho). Contra ele havia um mandado de prisão expedido pela Justiça.

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