Putin liga para Lula para relatar conversa com Trump 

Foto: Maxim Shemetov / POOL / AFP

O presidente da Rússia, Vladimir Putin ligou para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira. De acordo com o Palácio do Planalto, na conversa de cerca de 30 minutos, o presidente russo compartilhou informações sobre sua reunião com o presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, no Alasca, ocorrida em 15 de agosto, na última sexta-feira. Ainda segundo o Planalto, a Putin avaliou a conversa com Donald Trump como positiva.

Em nota divulgada pelo governo brasileiro, o Planalto afirma que entre os diversos temas abordados com o presidente Trump, Putin reconheceu o envolvimento do Brasil com o Grupo de Amigos da Paz, iniciativa conjunta com a China.

Lula aproveitou a conversa para agradecer o telefonema e reafirmar o apoio do Brasil “aos esforços que conduzam a uma solução pacífica para o conflito entre Rússia e Ucrânia.”

Lula e Putin conversaram dez dias antes, no sábado, 9 de agosto. Em telefonema de 40 minutos, o presidente russo falou das discussões em curso com os Estados Unidos e os recentes esforços, segundo o Putin, pela paz entre Rússia e Ucrânia. Essa ligação entre Lula e Putin ocorreu nas vésperas da cúpula entre Putin e Donald Trump no Alasca.

Grupo de Amigos da Paz

Em setembro do ano passado, um grupo de 12 países do chamado Sul Global, entre eles China e Brasil, que em maio de 2024 assinaram um documento intitulado “Entendimentos Comuns entre a China e o Brasil sobre a Solução Política da Crise na Ucrânia”, aderiram um comunicado sobre a guerra no qual anunciaram, entre outras coisas, a intenção de criar um grupo de “amigos pela paz, que vise promover entendimentos comuns para apoiar esforços globais para a conquista de uma paz duradoura” entre russos e ucranianos.

O texto contou com a adesão de, além de Brasil e China, os governos da Argélia, Bolívia, Colômbia, Egito, Indonésia, Cazaquistão, Quênia, África do Sul, Turquia e Zâmbia, confirmaram fontes. O México apoiou o comunicado, mas com ressalvas. Representantes da França, Suíça e Hungria participaram do encontro como observadores, a pedido de seus respectivos governos.

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