Netanyahu planeja pedir apoio para tomar controle total da Faixa de Gaza

 REUTERS/Amir Cohen

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu está inclinado a expandir as operações militares na Faixa de Gaza.

De acordo com a mídia local, o líder convocará uma reunião do gabinete de segurança na terça-feira (5) para determinar a “conquista total de Gaza”.

O jornal Ynet citou funcionários de alto escalão próximos a Netanyahu dizendo: “A sorte está lançada – vamos para a conquista total. Se o chefe de gabinete não concordar, ele deve renunciar.”

A expectativa de uma ação decisiva no enclave palestino acontece após impasse nas negociações de cessar-fogo com o Hamas. O grupo palestino exige que a situação humanitária seja resolvida antes de retomar as conversas.

Questionado sobre os planos para ampliar a campanha militar, o Ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, disse nesta segunda-feira (4) que isso refletia “um desejo de ver todos os reféns retornarem e o desejo de ver o fim desta guerra depois que as negociações para um acordo parcial não foram bem-sucedidas”.

No entanto, não está claro se a abordagem do governo israelense está alinhada com a do enviado do presidente dos EUA, Donald Trump, para o Oriente Médio, Steve Witkoff.

Recentemente, Witkoff passou três horas com as famílias dos reféns israelenses.

O Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas citou a conversa e enfatizou que o plano “não é expandir a guerra, mas sim encerrá-la. Acreditamos que as negociações devem ser alteradas para tudo ou nada. Acabar com a guerra e trazer todos os 50 reféns para casa ao mesmo tempo – essa é a única maneira”.

“Temos um plano para acabar com a guerra e trazer todos para casa”, teria acrescentado Witkoff. “Alguém será o culpado” se os reféns restantes não retornarem vivos a Israel, disse ele, segundo o fórum.

Quando questionada, a equipe de Witkoff não ofereceu mais informações sobre os comentários do enviado especial.

Novas imagens dos reféns

No final de semana, o Hamas divulgou novas imagens dos reféns mantidos em túneis subterrâneos no enclave palestino. Houve choque generalizado em Israel com vídeos Evyatar David e Rom Braslavski, reféns fracos, pálidos e em aparente estado de desnutrição.

Cerca de cinquenta reféns permanecem em Gaza, dos quais acredita-se que pelo menos 20 estejam vivos. Netanyahu disse que as imagens demonstram que o Hamas “não quer um acordo. Eles querem nos destruir com esses vídeos horríveis, com a falsa propaganda de terror que estão espalhando pelo mundo”.

No entanto, o fórum de famílias alertou o governo contra a expansão da campanha militar em Gaza.

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