Extremismo não é caminho: o Brasil precisa de diálogo, não de guerra ideológica

Por Redação – De Cara com as Feras

A polarização política que assola o Brasil não é apenas barulhenta — ela é nociva. De um lado, discursos raivosos e ideologias cegas; do outro, a verdade sendo sufocada entre vídeos curtos, postagens enganosas e um oceano de desinformação. O que está em jogo não é mais quem tem razão, mas sim o futuro de um país que perde o rumo em meio ao grito das redes e ao silêncio das bibliotecas.

A radicalização política transforma adversários em inimigos.

E quando o diálogo morre, a democracia adoece. A polarização, quando extrema, deixa de ser debate para virar guerra — e o povo, como sempre, é quem mais perde.

Hoje, em vez de buscar fontes confiáveis e estudo aprofundado, muitos preferem consumir conteúdo raso, inflamado, e sem qualquer compromisso com a verdade. A leitura, o raciocínio crítico e o desejo de compreender foram trocados por memes e vídeos virais. E quem ganha com isso? Certamente não é o Brasil.

Tamanho GG

Nosso país é gigante — em território, em recursos naturais, em diversidade. Somos um dos maiores detentores de terras raras no planeta, minerais estratégicos para a tecnologia mundial. E mesmo assim, ficamos presos em disputas internas, enquanto o mundo negocia. A tensão Brasil–Estados Unidos é reflexo claro dessa paralisia política. Em vez de protagonismo, mostramos instabilidade. Em vez de negociação madura, levamos ao mundo uma imagem dividida e conflituosa.

A polarização não constrói pontes — ela queima. E o Brasil precisa de pontes: com seus próprios cidadãos, entre suas instituições, com o mundo. Um país não avança quando se olha no espelho apenas para escolher lados. Avança quando se olha no horizonte e enxerga o que precisa ser feito.

E qual caminho devemos seguir?

É hora de investir em educação, em informação de verdade, em leitura. De dar voz ao senso comum de qualidade, não ao barulho do ódio. O Brasil precisa parar de alimentar extremos e começar a construir o centro — não o centro político partidário, mas o centro do bom senso.

Não se trata de ser de esquerda ou de direita. Trata-se de ser brasileiro. E de escolher o desenvolvimento em vez da destruição. O diálogo em vez do grito. O futuro em vez da guerra.

Por| Alenilton Malta

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