Aproveitadores de um lado e consumidores inocentes do outro; após morango do amor viralizar nas redes sociais, preço da fruta aumenta mais de 300%

O doce “morango do amor” viralizou nas redes sociais nos últimos dias e instigou empreendedores a introduzirem a guloseima, que combina a fruta com brigadeiro e calda crocante, no cardápio de confeitarias. Na Bahia, a popularidade do doce gerou consequências no bolso do consumidor: o morango ficou mais caro em alguns estabelecimentos.

Segundo a confeiteira que trabalha no ramo da confeitaria há 10 anos. Na sexta-feira (18), após perceber que o “morango do amor” estava repercutindo muito nas redes sociais, ela decidiu começar a produzir e vender o doce. Em menos de uma semana, a empreendedora viu o preço do morango subir R$ 18.

“Na sexta-feira, comprei uma caixa com quatro placas de morango por R$ 12. Hoje o mesmo produto e com o mesmo fornecedor custou R$ 48”

De acordo com a última pesquisa feita pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE-BA), em 22 de julho, o preço médio do morango ainda não aumentou de forma geral no estado, mas já dá sinais. Os últimos dados mostram que o valor máximo subiu para R$ 40, quando o divulgado em 21 de julho era de R$ 30.

O produtor de frutas vermelhas,, também notou um aumento na procura pelo morango. Dono de um sítio em Mucugê, na região da Chapada Diamantina, ele costuma focar mais na produção de amoras, framboesas e mirtilos, que são vendidos para Salvador e outras cidades do interior da Bahia.

“Acredito que seja por causa desse doce da internet, a procura aumentou nessa semana”, contou.

Antes do morango do amor viralizar nas redes sociais, ela usava apenas o morango congelado nas produções de geleias e caldas para doces, bolos e tortas. Apesar de ter implementado o guloseima, a empresária ainda não sabe ela seguirá no cardápio.

“Estamos acostumados a ver que algumas tendências vêm para ficar e outras nem tanto. Ao longo dos dias, vamos avaliar se os clientes vão continuar interessados no produto ou não”, explicou.

Nos Estados Unidos, uma baiana  implementou o doce em seu restaurante em Massachusetts. Em menos de uma semana, 800 unidades já foram vendidas, o que corresponde a mais de US$ em vendas. Além disso, 500 pessoas aguardam na lista de espera.

“Se pudesse, haveria mil pessoas na lista de espera. Se conseguíssemos produzir em grande escala, venderíamos tudo, porque a procura é muita grande”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

doze + seis =