O que Donald Trump realmente quer não é proteger aliados, mas garantir o domínio sobre os recursos estratégicos do planeta – especialmente os que estão no Brasil.

Donald Trump sempre foi um personagem que mistura realidade com espetáculo. Empresário controverso o Presidente dos EUA, ele retornar ao poder vendendo a imagem de defensor da soberania americana. Mas a pergunta que precisa ser feita é: soberania de quem? Dos Estados Unidos ou da burguesia internacional que o sustenta?

Nos bastidores da geopolítica mundial, o alvo principal de Trump não é a defesa de princípios, e sim o controle de recursos estratégicos – principalmente das terras raras, um grupo de 17 elementos químicos essenciais para a produção de smartphones, baterias, carros elétricos e armamentos de alta tecnologia. A maior parte desses minérios está concentrada em dois países: China e Brasil.

Não à toa, Trump tem atacado economicamente ambos. Com a China, iniciou uma guerra comercial pesada. Com o Brasil, disfarça sua intenção sob discursos de parceria e proteção a líderes conservadores. Mas o plano é claro: forçar a abertura dessas reservas estratégicas por meio de pressões econômicas e políticas, utilizando tarifas abusivas como forma de chantagem moderna

Ao contrário do que dizem seus apoiadores, Trump não está defendendo Bolsonaro, tampouco o Brasil. Ele está defendendo os interesses de multinacionais, mineradoras e grandes conglomerados financeiros. E pior: sua retórica belicosa tem tido um efeito colateral inesperado – tem impulsionado o presidente Lula. Desde que Trump voltou com ameaças tarifárias, Lula subiu nas pesquisas, enquanto o Brasil começa a assumir um papel de protagonismo continental, mostrando independência diplomática e fortalecimento interno.

O Brasil vive um momento crucial. Além da sua reconhecida força na agricultura, possui no subsolo uma das maiores riquezas estratégicas do século XXI. Em vez de servir de satélite para potências em decadência, o país começa a se colocar como peça-chave no jogo global – e isso assusta.

O jogo pode ser mais serio que se pensa

Trump age como se o mundo fosse um videogame, onde ele pode controlar tudo com um joystick. Mas o tabuleiro da realidade é bem mais complexo, e o Brasil começa a mostrar que não vai se deixar controlar e muito pelo contrario. Chegou a vez de se valorizar e colocar o pais onde ele merece ficar.

Por| Alenilton Malta

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