Congresso aprova aumento no número de deputados e dá férias permanentes à sensatez

 Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

Enquanto o povo conta moedas, Brasília multiplica cadeiras e ignora o Brasil real

Em pleno calor das férias escolares e das dívidas acumuladas no fim de semestre, o Congresso Nacional resolveu dar um presente para si mesmo — e uma banana para o povo brasileiro. Aprovou-se nesta semana uma proposta para aumentar o número de deputados federais, inflando ainda mais uma máquina pública já sufocada por privilégios, verbas astronômicas e pouca entrega prática.

“O Brasil está carente de tudo, menos de parlamentares”, ironizou um internauta nas redes sociais, refletindo o sentimento de milhões que acompanharam estarrecidos mais essa decisão que parece vinda de outro planeta.

Enquanto hospitais enfrentam falta de insumos, crianças estudam sem merenda e o salário mínimo mal cobre uma cesta básica, os representantes do povo resolveram… representar ainda mais gente — ou será representar ainda mais a si mesmos?

Segundo os defensores da proposta, o aumento visa melhorar a representatividade. Mas o que se vê é um Congresso cada vez mais distante da realidade da população. Com mais cadeiras, virão mais gabinetes, mais assessores, mais verbas indenizatórias, mais auxílio paletó, mais “nadas” com gosto de privilégio.

“Eles não entenderam que o problema não é a quantidade de vozes no Congresso, mas a qualidade do que se fala e do que se faz por lá,” comentou uma professora de rede pública de Santo Antônio de Jesus.

A proposta, aprovada em ritmo relâmpago, acontece justamente quando o país mais precisa de responsabilidade fiscal, empatia social e reformas estruturantes. Mas, ao que tudo indica, os ocupantes do Planalto Central vivem num mundo onde a conta nunca chega. Só quem paga é o povo.

Enquanto isso, nas periferias, nos rincões, nos interiores esquecidos, o brasileiro segue resistindo, trabalhando, improvisando… e se perguntando até quando será possível sustentar tanta incoerência em nome da democracia.

Por| Alenilton Malta

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