
O ex-presidente Jair Bolsonaro e os demais réus do núcleo “crucial” da ação sobre a tentativa de golpe começam a ser interrogados na próxima segunda-feira (9/6) a partir das 14h, segundo informou o relator, ministro Alexandre de Moraes, no término dos depoimentos das testemunhas nesta segunda-feira (2/6) – ao todo, foram ouvidas 52 pessoas. Os interrogatórios serão presenciais no auditório da 1ª Turma do STF e a previsão é que durem toda a semana.
De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), esse grupo forma o núcleo crucial da “organização criminosa”, mesmo que a adesão ao plano tenha ocorrido em momentos distintos. Deles partiram as principais decisões e ações de impacto social.
O primeiro a ser ouvido será Mauro Cid por conta do acordo de colaboração premiada. Os demais seguirão a ordem alfabética. Serão ouvidos nesta ordem:
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
- Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
- General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e
- Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.
No dia 18 de fevereiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas foram denunciadas por tentativa de golpe de Estado pela PGR. A denúncia foi dividida em cinco núcleos – o de Bolsonaro é o núcleo 1. O ex-presidente e os outros sete tornaram-se réus no dia 26 de março.
O grupo é acusado dos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.