A Argentina, que inicialmente não estava na lista de participantes da Aliança contra a Fome e a Pobreza, decidiu aderir à iniciativa que deve ser a principal marca da presidência do Brasil no G20. Como havia antecipado, já passam de 80 os países que aderiram á Aliança. Até aqui são 82 nações e mais duas organizações, a União Europeia e a União Africana. Ao todo, são 148 adesões, incluindo 24 organizações internacionais, nove instituições financeiras internacionais e 31 organizações filantrópicas e não governamentais. E ainda pode aumentar.
Não faria sentido nenhum ter 81 países na Aliança, de todas as partes do mundo, e não ter Argentina. A Argentina, aliás, tem criado problemas com pequenas questões. No caso da Aliança, atrasou a entrada, mas há outros entraves que têm sido colocados nas negociações do G20. Sobre a taxação dos super-ricos, o país se colocou contra a expressão, mas não contra a ideia de taxar mais quem tem mais. Com essa estratégia pode acabar ficando isolada.
O fato é que a Aliança nasce fortalecida pelo grande apoio e também por recursos. Em conversa com Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento(BID), ele anunciou que vai direcionar US$ 25 bilhões em três anos, ou seja, R$ 120 bilhões, a empréstimos a baixo custo direcionados para os programas da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. Além disso, serão doados US$ 200 milhões para países pobres para assistência técnica na implantação dos programas bem avaliados na redução da pobreza e da fome, como o Bolsa Família, que o Brasil ajudará a implementar em outros países.