Um homem suspeito de matar o estudante do Colégio da Polícia Militar a tiros durante uma tentativa de assalto na noite de 14 de novembro, no bairro do Uruguai, em Salvador, foi preso na manhã desta quarta-feira (13), no Curuzu, também na capital baiana. Ele foi identificado como Roger Oliveira Costa.
O homem foi localizado e preso pelas equipes do Departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC), através da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), no bairro do Curuzu, em Salvador.
Segundo informações de familiares de João Vitor Santos da Silva, de 17 anos, o garoto trabalhava em um hortifrúti, que fica no mesmo bairro, e chegava na casa onde morava, por volta das 20h, quando foi abordado por dois homens.
Os suspeitos chegaram no local em uma motocicleta, anunciaram o assalto e fugiram após atirar no adolescente. João Vitor chegou a ser socorrido pela família, levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santo Antônio, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, foram apreendidas duas motocicletas com registro de roubo e uma pistola com numeração raspada com o suspeito.
Conduzido à Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), ele foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma, receptação e roubo.
As investigações apontaram que Roger Oliveira Costa é um “assaltante contumaz”. O outro suspeito que participou do crime segue procurado.
“A gente ouviu o tiro na hora. Foi um só, certeiro. Ouvimos aquela zoada forte e ele ainda gritou: ‘meu pai’. Eu nunca ia imaginar que ele tinha sido baleado”, contou a tia do adolescente, Iraci Silva.
“Pensei que ele estava gritando para o pai abrir o portão, mas quando cheguei no muro, ele estava caído no chão, de lado, todo ensanguentado”, relatou.
Suspeitos do crime cometeram outro assalto minutos antes
‘Até quando a sociedade vai ver isso?’
Durante o Jornal da Manhã, programa da TV Bahia, o pai do estudante, Roberto Teixeira Silva, se emocionou ao falar sobre o filho. Após o tiro que vitimou o adolescente, ele ouviu os gritos do menino e o levou para o hospital.
“Um menino jovem, de 17 anos, voltando do trabalho e acontece uma barbaridade dessa. Até quando a sociedade vai assistir esse tipo de coisa? Não tenho nem palavras”, disse, emocionado.
“Estou arrasado, a ficha não caiu ainda. Sinceramente, não estou acreditando que meu filho se foi… Apesar que ele partiu com Cristo, meu coração está confortável e em um grande dia estarei com ele”, lamentou o pai do adolescente.
Em nota, o Colégio da Polícia Militar lamentou a morte de João Vitor, que integrava a turma do 2º ano do Ensino Médio, na unidade Luiz Tarquinio, no bairro da Boa Viagem.
“Nossas condolências aos familiares e amigos por essa perda irreparável”.