Ela ainda persiste; Variante Covid XEC: Sintomas e o que você precisa saber sobre a nova cepa

Após quatro anos dos primeiros casos detectados de COVID-19 no mundo, as dúvidas sobre uma nova pandemia seguem assombrando a sociedade. As dúvidas voltaram diante da nova variante descoberta na última sexta-feira (11), a XEC COVID-19.

Em Santa Catarina, o Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN-SC) publicou nesta segunda-feira (14), que detectou a variante em pacientes de Jaraguá do Sul, com confirmação pelo Ministério da Saúde. Duas mulheres, de 85 e 34 anos, internadas com sintomas como febre, tosse e coriza, foram os primeiros casos registrados no estado. Ambas apresentavam comorbidades, o que reforça a preocupação com a nova linhagem.

Variante XEC surgiu na Alemanha

A variante XEC foi descoberta pela primeira vez na Alemanha, em maio de 2024, e está sendo monitorada globalmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por seu potencial de disseminação. Embora a nova variante apresente maior transmissibilidade, ainda não há evidências de que cause formas mais graves da doença.

3 estados brasileiros já relataram casos da nova variante XEC da Covid-19

Já no Brasil, a nova variante XEC do Sars-CoV-2, foi identificada nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina e levanta questões sobre seu impacto na pandemia de Covid-19. A linhagem, que pertence à família Omicron, foi detectada pela Fiocruz e já está sendo monitorada pelo Ministério da Saúde e autoridades internacionais.

Segundo o governo do estado, a vacinação continua sendo a principal estratégia de prevenção. Em Santa Catarina, o imunizante SpikeVax, da Moderna, atualizado para a subvariante Ômicron XBB 1.5, está sendo administrado em grupos prioritários e crianças a partir dos seis meses. Segundo as autoridades, a vacinação é crucial para prevenir casos graves e hospitalizações, especialmente com a circulação da nova variante XEC.

Além da vacina, o uso de máscaras por pessoas com sintomas, a higiene das mãos e a etiqueta respiratória seguem sendo medidas importantes na prevenção. Autoridades de saúde destacam que manter os ambientes ventilados e evitar aglomerações são práticas que ajudam a reduzir a transmissão do vírus, especialmente com a chegada de novas variantes.

Nova pandemia da Covid-19?

Segundo o Dr. Ricardo Bonifácio, infectologista do Hospital Sírio-Libanês, “avaliar o impacto dessa linhagem na população brasileira requer cautela, pois a memória imunológica varia entre as populações.”

Ele explica que a variante foi inicialmente identificada em países europeus, mas, até o momento, não foi associada a um aumento de gravidade da doença, apresentando maior transmissibilidade, mas sem sinais de aumento nas internações hospitalares. “O comportamento lá não foi de doenças mais graves, mas sim de maior transmissibilidade, com casos de doenças virais respiratórias agudas”, afirmou.

Paola Resende, virologista da Fiocruz, reforça que é necessário monitorar de perto o comportamento da variante XEC, da Covid-19, no Brasil. “Essa variante tem demonstrado maior transmissibilidade em outros países, mas o impacto por aqui pode ser diferente devido à memória imunológica única de cada população”, comentou.

A variante XEC, da Covid-19, foi detectada através de uma estratégia de vigilância ampliada, que incluiu o sequenciamento de genomas do Sars-CoV-2 entre agosto e setembro no Rio de Janeiro. A XEC tem causado preocupações globais, já tendo sido identificada em mais de 35 países, incluindo regiões da Europa, Américas e Ásia, com mais de 2.400 sequências genéticas depositadas até outubro.

Segundo a SES/SC (Secretaria do Estado da Saúde de Santa Catarina), em seu site oficial, os sintomas continuam semelhantes aos de COVID como:

  • Tosse;
  • Febre;
  • Dores pelo corpo;
  • Dor de garganta.

O infectologista observa que é crucial manter a vigilância para avaliar se o comportamento observado no Brasil seguirá o padrão global. “Somente quando tivermos mais dados, poderemos entender o verdadeiro impacto dessa linhagem aqui.”

Especialistas reforçam que o monitoramento contínuo da Covid-19, especialmente em estados onde a coleta de dados genômicos foi enfraquecida, é essencial para evitar surpresas no cenário epidemiológico brasileiro.

Apesar do aumento das infecções, não há indícios de que a variante XEC da Covid-19 trará uma nova onda de gravidade, embora seu potencial de disseminação rápida preocupe as autoridades.

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