A Polícia Federal (PF) conseguiu desbloquear os celulares apreendidos com o advogado do ex-presidente de Jair Bolsonaro (PL), Frederick Wassef.
Com isso, investigadores do caso afirmaram que os aparelhos trazem diversos elementos “novos e importantes” sobre a compra de joias nos Estados Unidos.
Wassef admitiu em depoimento à PF, em 2023, a recompra de um relógio da marca Rolex que foi dado de presente a Bolsonaro.
O advogado ainda disse que quem fez o pedido da recompra foi o ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wanjgarten. O custo teria sido de 49 mil dólares e operação foi paga em dinheiro.
A defesa dos envolvidos tem sustentado que recomprar o relógio não seria um crime, pois a avaliação, antes do pedido de devolução do Tribunal de Contas da União (TCU), era de que o item seria personalíssimo e poderia ficar com o ex-presidente, sendo posteriormente vendido.
Diante da perícia dos celulares, os investigadores dão como certo o indiciamento dele no caso das joias sauditas.
As novas evidências atrasaram a entrega do relatório pelos agentes. A intenção é terminar o documento na próxima semana.
O advogado teve quatro celulares apreendidos pela PF em São Paulo (SP), em agosto de 2023. Na hora da apreensão, Wassef estava em um restaurante.