Os Correios encerraram o primeiro trimestre de 2024 com um prejuízo de R$ 800 milhões, conforme apontado em relatório de resultado ainda não divulgado. O valor representa um crescimento significativo do resultado negativo da companhia.
No mesmo período, em 2023, os Correios apresentaram um prejuízo de R$ 326 milhões.
Ainda segundo o documento, as elevadas despesas gerais e administrativas tiveram grande peso no aumento das perdas, somando R$ 1 bilhão no trimestre. No mesmo período, em 2023, essas despesas haviam causado um prejuízo de R$ 780 milhões.
Esses dados apontam uma tendência preocupante de crescimento nos custos operacionais, que afetam diretamente a saúde financeira da companhia.
O cenário de déficit ocorre em um contexto em que os Correios enfrentam uma elevação nas demandas devido às compras internacionais. Esse fator leva a pensar que a empresa está enfrentando desafios na gestão de recursos.
A liderança da empresa, de acordo com o “Economic News”, ainda está calculando o impacto total dessas condições no balanço da companhia.
Em dezembro de 2023, os Correios haviam reportado um prejuízo de R$ 597 milhões. O dado representa uma melhora de 22% em relação ao mesmo período em 2022. Era esperado pela companhia que essa tendência negativa mudasse ao longo de 2024.
Os Correios anunciaram ao mercado que, aplicarão um aumento de 4,39% nas tarifas de seus serviços postais nacionais e internacionais, assim como nos serviços telegráficos nacionais. O reajuste é líquido de impostos e contribuições sociais.
O reajuste nas tarifas dos serviços postais nacionais e internacionais, bem como nos serviços telegráficos nacionais prestados pelos Correios, foi autorizado pelo Ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e foi oficialmente divulgado hoje no Diário Oficial da União (DOU).
O aumento nas tarifas dos serviços postais nacionais e internacionais, assim como nos serviços telegráficos nacionais prestados pelos Correios, corresponde à variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) no período de janeiro a dezembro de 2023, conforme divulgado pelo IBGE, descontando o Fator de Produtividade.