Ministra diz que seria ‘impossível’ aplicar provas no RS e afirma que governo não tem nova data para o ‘Enem dos Concursos’

 Foto: Reprodução/CanalGov

A ministra da Gestão, Esther Dweck, afirmou nesta sexta-feira (3) que seria “impossível” a aplicação das provas do Concurso Nacional Unificado (CNU) no Rio Grande do Sul neste domingo (5).

Ela deu a declaração depois que o governo decidiu adiar a aplicação das provas do chamado “Enem dos Concursos”.

As provas seriam aplicadas no próximo domingo (5) em 288 cidades do país. Contudo, o governo optou pelo adiamento porque parte dos candidatos do Rio Grande do Sul não teriam condições de realizar as provas.

Segundo Esther Dweck, o governo ainda não tem uma nova data para aplicação das provas, que deve ser definida nas próximas semanas.

“A conclusão que a gente teve hoje é que seria impossível analisar a prova no Rio Grande do Sul. Seja pelo local de prova de dados, seja pelo posto de segurança na educação das provas, seja pelo risco de vida das pessoas que estariam envolvidas nesse processo”, disse a ministra.

“Não temos uma nova data. Eu quero deixar bem claro que a gente, nas próximas semanas, poderá divulgar uma nova data, mas nesse momento, toda a questão logística envolvida com a prova não nos permite, hoje, divulgar uma nova data com segurança”, completou a ministra.

Esther afirmou que a escolha da nova data depende da situação do Rio Grande do Sul, além da disponibilidade de salas no país e a capacidade de distribuição dos exames pelo país.

A titular da pasta da Gestão afirmou que as provas já haviam sido enviadas para as capitais do país, inclusive em Porto Alegre. E, desde quinta, eram distribuídas para demais cidades dos estados com escolta de forças de segurança.

Segundo a ministra, o governo pretende recolher as provas para aplicar os mesmos exames. O tema será discutido com Correios e Cesgranrio. Até esta sexta-feira, os exames já estavam em 65% dos locais de prova.

“Em princípio, nossa ideia é tentar manter, sim, a mesma prova”, disse Eshter.

Esther informou que o governo ainda não tem um cálculo exato do custo do adiamento das provas. O recurso sairá do orçamento da União, segundo a ministra.

Fortes chuvas e 37 mortes confirmadas

O Rio Grande do Sul foi assolado por fortes chuvas nesta semana. Cidades foram alagadas, rios transbordaram e, até o momento, 37 mortes foram confirmadas.

O governo estadual decretou estado de calamidade, situação que foi reconhecida pelo governo federal.

Na quinta-feira, o Ministério da Gestão informou que prova seria mantida, inclusive no Rio Grande do Sul. O governo, no entanto, mudou de posição nesta sexta, a dois dias da aplicação das provas.

“Em razão da calamidade pública no Rio Grande do Sul, o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) será adiado em todo o país. A nova data será anunciada assim que houver condições climáticas e logísticas de aplicação da prova em todo o território nacional”, afirmou em nota o Ministério da Gestão.

‘Enem dos Concursos’

O CNU, chamado de ‘Enem dos Concursos’ centraliza em uma única prova os concursos autorizados para a seleção de servidores públicos em diferentes órgãos do governo federal. É a primeira vez que isso acontece.

No concurso, estão em jogo 6.640 vagas em 21 órgãos públicos. Os candidatos podem concorrer a várias das oportunidades disponíveis pagando pagar somente uma taxa de inscrição.

As pessoas foram distribuídas em 3.665 locais de prova em 228 cidades, levando em consideração o CEP informado no momento da inscrição.

Ao todo, serão 75.730 salas para aplicação do exame. Segundo o governo federal, 94,6% dos candidatos farão as provas em um endereço até 100 km de distância de onde mora.

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