O estudante Wesley Andrade, 20 anos, natural do município de Guaratinga, no sul da Bahia, venceu uma competição internacional da Agência Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (conhecida pela sigla em inglês NASA). Junto com três amigos do Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul, ele viajará com tudo pago para o país e representará o Brasil em encontros com autoridades internacionais entre 20 a 30 de agosto.
Wesley e os amigos foram vencedores da competição “Pale Blue Dot Visualisaion Challenge”, que incentiva equipes de estudantes a montarem análises de dados e imagens que possam contribuir com desenvolvimento sustentável do mundo.
O quarteto que forma a equipe brasileira é composto também por Marília Rangel Fernandes e Ruan Vitor Cordeiro da Silva, ambos de 19 anos e do Rio Grande do Norte, e Kelly Ramos Pereira, 20 anos, do Rio Grande do Sul.
“No início, não sabia muito bem o que queria. Mas, ao estudar o nosso ecossistema e como estamos prejudicando ele, me aproximei da luta pela preservação”, detalhou.
🏆 Como funciona a competição?
Mil e seiscentas pessoas de 104 países participaram do desafio. Entre elas, apenas cinco equipes foram selecionadas, sendo a de Wesley a única no Brasil.
A competição envolve estudantes de diferentes países e pode ser resumida em dois momentos.
- A Nasa fornece às equipes competidoras dados e imagens, que são obtidos por satélites espaciais, para que elas possam embasar suas pesquisas.
- São escolhidos temas que, segundo a agência, devem avançar nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). São eles: fome zero, água limpa e saneamento e ação climática.
Com base nos materiais fornecidos pela Nasa, os jovens brasileiros montaram a equipe intitulada de H2Plastic, que tem como objetivo investigar a presença crescente de microplásticos no oceano.
Wesley explica que os microplásticos representam uma grande ameaça à vida aquática e para os seres humanos, especialmente aqueles em comunidades vulneráveis.
O grupo analisou a presença do material nos oceanos da costa brasileira entre abril de 2017 e setembro de 2018. As imagens, segundo os pesquisadores, comprovam um nível alarmante de contaminação das águas pelo polímero.
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BAHIA
Jovem baiano integra grupo que venceu competição internacional e se prepara para conhecer a Nasa
Wesley Andrade é natural de Guaratinga, no sul da Bahia. Fazem parte do quarteto também Marília Rangel Fernandes e Ruan Vitor Cordeiro da Silva, do Rio Grande do Norte, e Kelly Ramos Pereira, do Rio Grande do Sul.
Por Mateus Xavier, Eder Luis Santana, g1 BA
25/04/2024 05h50 Atualizado há 8 horas
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Jovem baiano vence competição internacional da Nasa e representará a Bahia nos EUA
O estudante Wesley Andrade, 20 anos, natural do município de Guaratinga, no sul da Bahia, venceu uma competição internacional da Agência Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (conhecida pela sigla em inglês NASA). Junto com três amigos do Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul, ele viajará com tudo pago para o país e representará o Brasil em encontros com autoridades internacionais entre 20 a 30 de agosto.
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Wesley e os amigos foram vencedores da competição “Pale Blue Dot Visualisaion Challenge”, que incentiva equipes de estudantes a montarem análises de dados e imagens que possam contribuir com desenvolvimento sustentável do mundo.
🥇 Baianas são escolhidas para participar de evento internacional
🧠 Aos seis anos, baiano entra em sociedade de superdotados
O quarteto que forma a equipe brasileira é composto também por Marília Rangel Fernandes e Ruan Vitor Cordeiro da Silva, ambos de 19 anos e do Rio Grande do Norte, e Kelly Ramos Pereira, 20 anos, do Rio Grande do Sul.
Jovem baiano vence competição internacional — Foto: Arquivo Pessoal
Em entrevista ao g1, Wesley contou que começou a enxergar nos estudos a possibilidade de melhorar de vida quando entrou no Instituto Federal da Bahia (IFBA). Ele foi aprovado em 2019 e escolheu o curso técnico em Meio Ambiente.
“No início, não sabia muito bem o que queria. Mas, ao estudar o nosso ecossistema e como estamos prejudicando ele, me aproximei da luta pela preservação”, detalhou.
🏆 Como funciona a competição?
Mil e seiscentas pessoas de 104 países participaram do desafio. Entre elas, apenas cinco equipes foram selecionadas, sendo a de Wesley a única no Brasil.
A competição envolve estudantes de diferentes países e pode ser resumida em dois momentos.
- A Nasa fornece às equipes competidoras dados e imagens, que são obtidos por satélites espaciais, para que elas possam embasar suas pesquisas.
- São escolhidos temas que, segundo a agência, devem avançar nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). São eles: fome zero, água limpa e saneamento e ação climática.
Com base nos materiais fornecidos pela Nasa, os jovens brasileiros montaram a equipe intitulada de H2Plastic, que tem como objetivo investigar a presença crescente de microplásticos no oceano.
Gráfico mostra número de microplásticos presentes na costa da Bahia e do Espírito Santo — Foto: Arquivo Pessoal
Wesley explica que os microplásticos representam uma grande ameaça à vida aquática e para os seres humanos, especialmente aqueles em comunidades vulneráveis.
O grupo analisou a presença do material nos oceanos da costa brasileira entre abril de 2017 e setembro de 2018. As imagens, segundo os pesquisadores, comprovam um nível alarmante de contaminação das águas pelo polímero.
“Utilizamos dados da observação sobre a concentração dos micro plásticos na costa brasileira. Estudamos como isso impacta os animais e seres dos oceanos, assim como os humanos.”, explicou.
🚀 Nasa, aí vamos nós 🚀
Um momento esperado pelos quatro jovens é conhecer a sede da Nasa, em Washington.
Eles se conheceram em 2023, quando viajaram pela primeira vez para os EUA, através do programa “Jovens Embaixadores”, promovido pelo governo federal, em parceria com o consulado dos Estados Unidos. Além deles, outros 46 estudantes participaram da iniciativa.
“Nossa principal motivação é chamar a atenção e fornecer informações, para que mais investigação possa ser investida, especialmente através da tecnologia de satélite. Podemos começar antes, dentro das nossas comunidades”, explicou.
A ideia de entrar no desafio, dessa vez como uma equipe e concorrer a uma nova viagem para os EUA, surgiu de Ruan. Já o tema, foi uma decisão coletiva, devido à paixão que todos compartilham pela questão ambiental no Brasil.
De acordo com Kelly Santos, as habilidades dos participantes foram utilizadas de modo complementar ao longo do projeto.
“Alguns sabiam mais sobre programação e manipulação de dados, outros sabiam mais sobre gráficos, outros sobre como montar textos acadêmicos em inglês”, completou.
A conquista representa o reencontro do grupo, que não se vê há um ano. Para Wesley, além da responsabilidade de representar o Brasil, o clima é de ansiedade para conhecer a Nasa, a capital Washington e conversar com especialistas da área.
“Representar a Bahia e trazer para o Brasil o que aprendemos, é uma responsabilidade que teremos de assumir”, finalizou.