O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), descreveu como “muito boa” a conversa que teve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na tarde desta terça-feira (30). “Foi ótimo”, afirmou o governador durante um evento em São Paulo.
Tarcísio e Lula se reuniram no Palácio do Planalto para selar o acordo referente à obra do túnel subaquático que ligará Santos e Guarujá, no litoral de São Paulo. O presidente da República, inclusive, publicou uma foto de ambos após o encontro.
“A gente vai dar um grande exemplo de trabalho conjunto, o governo federal e o estado de São Paulo”, disse Tarcísio nesta terça. “Nós vamos fazer uma parceria público-privada, o acordo está selado”, reforçou o governador.
Ao mesmo tempo, Tarcísio disse que a parceria entre estado e União “não tem nada a ver” com as visões distintas, entre as gestões, no que diz respeito a desestatização. Ele citou o caso do Porto de Santos, cuja privatização foi descartada pelo governo federal.
“Eu acredito que a desestatização traria muito investimento, investimento rigoroso. Deixa o Porto de Santos em outra condição em termos de competitividade. Mas, enfim, a gente tem que respeitar também a opção política de quem está hoje à frente do governo federal. Eu respeito”, afirmou.
“Aqui nós vamos seguir outra linha no governo do estado, naquilo que nos compete. Mas é isso, com muito respeito mútuo entre as posições, que são diversas, eu tenho a minha convicção. O importante agora é a gente fazer o melhor projeto do túnel”, concluiu.
Túnel está previsto para o final de 2028
Segundo Tarcísio, a previsão é de que o túnel, com 860 metros de extensão, leve três anos para ser concluído. O leilão está programado para acontecer em novembro de 2024, com início dos trabalhos no começo de 2025 e expectativa de conclusão no final de 2028.
Ainda de acordo com o governador, a obra na Baixada Santista custará cerca de R$ 6 bilhões, divididos entre os governos federal, estadual e um sócio privado.
“Seriam 5,4 [bilhões] de contrapartida pública, R$ 2,7 bi pro governo federal e R$ 2,7 bi pro governo estadual”, explicou Tarcísio. O restante do valor, de cerca de R$ 600 milhões, seria financiado por investimento privado.