O resultado das últimas eleições na Argentina saiu no domingo (19), e o novo presidente eleito no país vizinho é o direitista Javier Milei, que derrotou o candidato peronista Sergio Massa. No discurso da vitória, ele declarou que sua eleição representa um “basta ao modelo empobrecedor da casta”, como se refere às elites políticas que comandam a Argentina desde a redemocratização.
Mas além de sua língua afiada, o que chama a atenção na história de Milei são as muitas excentricidades da relação que ele mantém com seus cães. O mais especial deles seria Conan, que morreu em 2017. A relação do político com o animal era tão forte que ele clonou o bicho, que era tratado com champanhe, e diz conversar com ele por intermédio de uma médium.
- Ao ganhar as primárias no país, em agosto, Milei fez um discurso de agradecimento e citou seus “filhos de quatro patas”: Conan, Murray, Milton, Robert e Lucas. O Conan original, no entanto, foi adotado em 2004 e morreu em 2017. De acordo com a imprensa argentina, Milei enviou amostras de DNA do animal para a empresa PerPETuate para fazer clones. A empresa já publicou textos em seu site confirmando a clonagem.
- Na biografia “El Loco”, escrita por Juan Luis Gonzalez e que conta a trajetória do mais novo presidente, o autor conta que Milei dava champanhe para seu bicho de estimação e o tratava como filho.
- O nome é uma referência ao filme de 1982, “Conan, o Bárbaro”.
- Já os nomes dos demais cães fazem referência aos economistas que moldaram a visão de mundo liberal do argentino: Murray Rothbard, Milton Friedman e Robert Lucas.
- O líder direitista já disse em entrevistas que sobreviveu apenas com pizza durante um período econômico difícil, com o intuito de garantir que Conan tivesse o suficiente para comer.
- Milei também já afirmou ter vendido uma moto. Tudo porque seu “filho” não gostava de andar sobre duas rodas.
- O novo comandante da Argentina chegou a contar também que recorreu a um médium para conseguir se comunicar com Conan. Como consequência, teria recebido a missão de se tornar presidente.
A pergunta que não quer calar é: será que os bichinhos vão participar da posse, assim como a cadela Resistência no Brasil? Milei e Lula seguem linhas políticas totalmente opostas, mas talvez a afeição por cães seja um ponto em comum.