Por muito tempo o Corinthians tratou a luta contra o rebaixamento como um problema de outros clubes neste Brasileirão, mas o empate em casa contra o lanterna mudou o discurso. A atuação ruim contra o América-MG e a melhora dos concorrentes ligam o alerta máximo no Timão.
A expectativa era por uma vitória vista como obrigatória. “O jogo da virada, para engrenar no campeonato”, nas palavras de Giuliano. Mas aconteceu tudo ao contrário: o América-MG executou o plano à risca, marcou bem, abriu o placar e só não venceu na Neo Química Arena por causa de um gol no último lance.
O empate em 1 a 1 foi o único atenuante em uma das piores atuações do Corinthians no Brasileirão. Faltou criatividade, jogadas coletivas e solidariedade ao companheiro: quem tinha a bola não tinha opção para jogar, e a marcação do América-MG engoliu a partida por cerca de 70 minutos.
Um erro do Corinthians foi levando aos outros. Primeiro o time forçou jogadas que precisavam ser trabalhadas, em seguida passou a ceder contra-ataques seguidos, e depois do gol sofrido se desesperou e apelou aos cruzamentos – foram 18 só no primeiro tempo, e todos errados.
Quando o jogo fica como ficou hoje, é muito provável que você busque uma solução mais simplista, que é cruzar a bola na área. Dá para encontrar espaços com mais frequência contra times postados mais à frente, mas não contra uma equipe tão baixa (taticamente, no campo). Na ânsia de tentar resolver os problemas, você simplifica – explicou Mano Menezes sobre o excesso de cruzamentos.
Contra o Fluminense, o excesso tinha sido de chutões para longe. Contra o América-MG faltou paciência e sobrou imprecisão. Menos mal que o empate saiu no oitavo minuto de acréscimo. “Dos males, o menor”, como diz Giuliano.