Um bebê de 2 meses morreu na madrugada desta segunda-feira (12), na ala pediátrica do Hospital Roberto Santos, em Salvador, após passar por três lavagens nasais na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Marback, que fica no bairro do Imbuí, na capital baiana. A família de Emanuel Pitanga alega que houveram erros nos procedimentos.
De acordo com a família do menino, o bebê, que estava há alguns dias gripado, passou o feriado de Nossa Senhora de Aparecida, na casa de familiares, na região da Irará, município a 135 km de Salvador. Ao perceberem o estado de saúde do menino, os pais o levaram em um posto médico da cidade e receberam a notícia que o filho precisaria ficar internado.
No entanto, a médica teria garantido que os pais de Emanuel poderiam viajar para Salvador, onde moram, com o menino, em segurança. Ao chegarem na capital baiana, o casal procurou a UPA do Marback, na noite de domingo (15).
Ao chegar no local, por volta e 19h, a equipe médica teria realizado uma lavagem nasal para retirar secreção de catarro. No entanto, ainda segundo família, o bebê se engasgou e teve duas paradas cardíacas.
“Ele passou pela triagem e logo em seguida a pediatria o chamou. O médico pediu para uma técnica fazer lavagem nasal três vezes e indicou um medicamento em uma bombinha”, disse o pai do bebê, Vanderson Pitanga.
“Ela fez os procedimentos, ela mandou debruçar o bebê nos peitos da minha esposa. Minha esposa explicou que um pessoal falou que o procedimento era para frente, para que o soro passasse e saísse pelo outro lado, mas ela disse que o bebê tinha que engolir”, explicou.
De acordo com o pai da criança, a técnica de enfermagem fez os três procedimentos e a esposa dele, Juliana Pitanga, perguntou se ela poderia colocar o menino para mamar. A profissional teria dito que sim, desde que fosse com cautela.
“Ele mamou um pouquinho, não durou tempo nenhum. Ele começou a se entalar e começou o processo de reanimação dele”, relembrou o pai do menino.
Mãe de Emanuel e de um menino de 6 anos, Juliana disse que ficou desesperada com a situação.
“Ele estava no meu colo e começou a sair secreção pela boca. Eu comecei a limpar, uma outra técnica, que ia fazer a quarta lavagem, viu e disse: ‘olhe, mãe, quando ele tiver se entalando com secreção, ponha ele de buço”.
“Foi aí que ele começou a perder o ar, se sufocar. Eu falei que ele estava se entalando, ela levantou ele de vez e ele chorou”, disse a mãe do bebê.
Depois, segundo Juliana Pitanga, a técnica de enfermagem teria deitado Emanuel. Com o movimento, o menino voltou a se engasgar. “Eu saí correndo pedindo para alguém socorrer meu filho”, contou a mãe do bebê.
“ O levaram para a sala vermelha, tentaram reanimar e me disseram que ele estava bem. Depois, uma outra médica, disse que ele seria transferido”.
“ O levaram para a sala vermelha, tentaram reanimar e me disseram que ele estava bem. Depois, uma outra médica, disse que ele seria transferido”.
“Disseram para meu esposo que a causa da morte foi que ele broncoaspirou com o excesso da lavagem. Todas a seringas com soro que ela aplicou, ele engoliu. O certo era ela fazer com ele virado para a frente, para que o soro saísse na lateral”