O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), Silvio Almeida, disse no sábado (6) que acionou a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos para acompanhar 30 mortes em diferentes confrontos com policiais militares, na Bahia.
“Não são compatíveis com um país que se pretende democrático e em consonância com os Direitos Humanos”, disse o ministro em nota.
Governo da Bahia e aguarda posicionamento sobre o caso. As mortes em operações policiais aconteceram em um espaço de uma semana, entre 28 de julho e 4 de agosto.
Cinco homens morreram durante confronto com policiais militares, na madrugada de sexta-feira (4), no bairro do IAPI, em Salvador. Segundo a Polícia Civil, policiais militares foram acionados por moradores após a presença de homens armados na Avenida Peixe. Depois de atingidos, os suspeitos foram levados para o Hospital Geral Ernesto Simões Filho, onde eles não resistiram.
- SALVADOR: QUARTA-FEIRA (2)
Um homem morreu durante um confronto entre um grupo armado e policiais militares, na tarde de quarta-feira (2), no bairro do Arenoso, em Salvador. Com ele, a PM teria encontrado um revólver e munições de calibre 38, além de cocaína.
SALVADOR: SEGUNDA-FEIRA (31)
Quatro pessoas morreram na segunda (31), na região de Jaguarari, em Salvador. Segundo a Polícia Militar, os suspeitos foram socorridos e levados para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiram aos ferimentos. Com elas, foram encontradas uma submetralhadora, três pistolas e diversas drogas. As aulas das escolas municipais do bairro de Cosme de Farias, onde fica a localidade, foram suspensas.
- ITATIM: DOMINGO (30)
No domingo (30), seis homens e duas mulheres morreram em Itatim, a cerca de 200 km da capital. A PM afirmou que cinco eram foragidos. As armas apreendidas eram exibidas nas redes sociais.
CAMAÇARI: SEXTA-FEIRA (28)
Na sexta (28), sete homens morreram em um confronto com a PM em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Segundo a polícia, eles tinham envolvimento com o tráfico e iriam atacar um grupo rival.