Os policiais militares envolvidos na ação que causou a morte do menino Gabriel Silva da Conceição Júnior em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, foram afastados das atividades das ruas. A informação foi divulgada pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) nesta terça-feira (25), após uma reunião do secretário Marcelo Werner com familiares do garoto de 10 anos.
Gabriel foi atingido enquanto brincava perto de casa, no bairro de Portão, durante o domingo (23). Ele foi socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada de segunda-feira (24).
De acordo com a SSP-BA, as armas de fogo utilizadas na ação também foram recolhidas. Com essas medidas junto com a análise de imagens de câmeras de segurança, a secretaria busca apurar a autoria do disparo que atingiu a criança.
Ainda segundo a secretaria, a mãe de Gabriel, Samile de Souza Costa, o tio Rauan Souza, a avó Selma Santana de Souza, e a tia Noemia de Oliveira dos Santos, estiveram presentes na reunião acompanhados por uma advogada.
Além da investigação da Polícia Civil, a Corregedoria-Geral da SSP também acompanha a apuração do caso.
Protesto na Estrada do Coco
Após o enterro de Gabriel na segunda-feira, familiares e amigos da criança fizeram um protesto de cerca de três horas na Estrada do Coco, em Lauro de Freitas, com queima de pneus, galhos e outros materiais.
A ação bloqueou a via nos dois sentidos e causou bastante engarrafamento na região. Além da Estrada do Coco, vias marginais que dão acesso a outras áreas da cidade também foram bloqueadas.
No decorrer do protesto, alguns estabelecimentos comerciais foram fechados, inclusive uma farmácia que fica na Estrada do Coco sentido Litoral Norte. Por volta das 17h25, o grupo sentou na rodovia e cantou músicas cristãs.
Após a repercussão do caso, no final da noite de segunda-feira, o governador do estado, Jerônimo Rodrigues, usou as redes sociais para para prometer apuração e dizer que o caso é prioridade.