A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) realiza uma cúpula com os chefes de Estado e governo da aliança e da Suécia nesta terça (11) e quarta-feira (12), em Vilnius, capital da Lituânia.
Segundo comunicado do bloco militar, serão discutidos os principais desafios para o “ecossistema de segurança”, o fortalecimento da Otan e a aproximação da Ucrânia.
Os líderes da Austrália, Nova Zelândia, Japão e Coreia do Sul, além da União Europeia, também participarão.
“As decisões que tomaremos em Vilnius aproximarão a Ucrânia da Otan. Reforçar a defesa e dissuasão da Otan também estará em destaque na nossa agenda para a cúpula”, disse Jens Stoltenberg, secretário-geral do bloco.
Na cúpula, os países-membros também irão decidir sobre um novo acordo para que cada aliado gaste o mínimo de 2% de seu Produto Interno Bruno (PIB) anual em defesa.
Além disso, outro ponto que será abordado é a adesão da Suécia, que foi convidada para integrar a aliança no ano passado, junto à Finlândia.
O governo finlandês já completou a integração no início deste ano, porém, a Turquia travou a candidatura sueca por diversos motivos, como acusações sobre permissão para que terroristas operassem na Suécia.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, havia condicionado seu apoio mediante à entrada da Turquia na União Europeia. Entretanto, Jens Stoltenberg anunciou na segunda-feira (10) que Erdogan concordou em encaminhar o protocolo de adesão da Suécia à Grande Assembleia Nacional o mais rápido possível e garantir a ratificação.
Além da cúpula, também acontece em Vilnius o Fórum Público da Otan, com painéis de discussão, debates e sessões interativas sobre tópicos da agenda do bloco militar.
Esse evento é organizado em conjunto a organizações como o Centro de Estudos da Europa Oriental, o Fundo Marshall Alemão dos Estados Unidos, a Conferência de Segurança de Munique e o Conselho Atlântico dos Estados Unidos.
Em seguida, ocorrerá uma reunião do Conselho Otan-Ucrânia, com a presença de chefes de Estado dos países-membros e da Suécia.
Além disso, também na quarta, Zelensky se encontrará com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Em maio, eles se reuniram durante a cúpula do G7, no Japão.
“Os Estados Unidos continuam a fazer todo o possível para fortalecer a capacidade da Ucrânia de se defender”, disse Biden, na ocasião.
Recentemente, os EUA anunciaram o envio de bombas de fragmentação à Ucrânia, para serem usadas na guerra contra a Rússia. O país também anunciou ao longo do conflito diversos repasses em dinheiro para a defesa ucraniana.