Mesmo com o cerco da Polícia Federal se fechando sobre Jair Bolsonaro, o ex-presidente tem dito a aliados que não vê, hoje, risco de ser preso.
A leitura feita pelo ex-presidente e seus interlocutores mais próximos é que a PF tem investido contra seus aliados, mas não faz movimentos diretos no sentido de prendê-lo, ao menos neste momento.
Bolsonaro, por ora, crê que será blindado pelos seus auxiliares que estão encrencados na Justiça. Como informou a coluna, o a expectativa de Bolsonaro e seu entorno sobre o depoimento de seu ex-ajudante de ordens, coronel Mauro Cid, é que ele assuma a responsabilidade pela fraude nos certificados de vacina do ex-presidente.
Em depoimento à PF, Bolsonaro lavou as mãos sobre o aliado e complicou ainda mias a vida do militar. “INDAGADO se MAURO CESAR CID administrava a conta do declarante no aplicativo ConecteSUS do Ministério da Saúde até a data de 22/12/2022, respondeu QUE sim, que toda a gestão pessoal do declarante ficava a cargo do ex-ajudante de ordem MAURO CID”, disse o ex-presidente à PF.
O ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que passou quatro meses preso e foi solto na semana passada, também poupou Bolsonaro até agora. Após ser solto, seu advogado, Eumar Novacki, convocou uma coletiva de imprensa para dizer que o cliente não vai delatar.