Petrobras trabalhou contra o Brasil, diz ministro de Minas e Energia

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ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou, nesta segunda-feira (15), que a Petrobras agiu de forma criminosa e trabalhou contra o Brasil nos últimos anos, durante participação em um evento com empresários e outros representantes do poder público.

Segundo o ministro, a estatal vendia o botijão do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) — popularmente conhecido como gás de cozinha — com um valor 26% acima do Preço de Paridade de Importação (PPI), a política adotada pela Petrobras que acompanha a flutuação do petróleo no mercado internacional.

“A Petrobras, criminosamente, na minha opinião, trabalhou contra o país nos últimos anos”, disse Silveira ao comentar sobre a política de preços praticada pela estatal.

Conforme Silveira, a companhia tem condições de reduzir a margem de preços para outros combustíveis.

“A Petrobras tem gordura para queimar acima do PPI na gasolina e no diesel, como vem fazendo”, explicou.

Mudanças na política de preços

Neste domingo (14), a Petrobras confirmou que estuda internamente mudanças na política de preço para diesel e gasolina.

Segundo a companhia, as alterações serão analisadas pela diretoria executiva no início desta semana e podem “resultar em uma nova estratégia comercial para definição de preços” dos combustíveis.

“Nesse sentido, a Companhia esclarece que eventuais mudanças estarão pautadas em estudos técnicos, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis”, informou a empresa.

A informação já havia sido adiantada pelo CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, na sexta-feira (12), durante a apresentação dos resultados do primeiro trimestre.

Em entrevista à jornalistas, Prates afirmou que a empresa poderia fazer um anúncio sobre a política de preços de combustíveis no início dessa semana, além de publicar um novo reajuste de preços.

“Sim, há chance de reajuste na semana que vem de alguns combustíveis, mas não vou dar ‘spoiler’”, disse.

Prates disse ainda que irá manter a paridade internacional de importação. “Vamos continuar seguindo referência internacional e competitividade em todos os mercados. Não vamos ter o melhor preço, vamos ser mais atrativos”.

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