Justiça concede certidão multiparental. Entenda:

contador de 72 anos consegue realizar sonho de ter sobrenome da mãe adotiva

Por Alenilton Malta | De cara com as feras

Sexta feira 21/04/2023

José Arnaldo perdeu a mãe biológica aos três anos e foi criado pela tia, na cidade de Itabuna. Em novo documento, ele manteve sobrenome da mão biológica e acrescentou o da de criação

Arnaldo e duas irmãs — Foto: Reprodução TV São Francisco

Mesmo sendo muito nova, ela se mudou de Sergipe, onde vivia, para o interior da Bahia, com o objetivo de criar o menino. Um tempo depois, dona Neuza se casou e José Arnaldo foi promovido à irmão mais velho de outras quatro crianças.

“A história de Arnaldo é uma história de pertencimento. Existe uma relação de sangue, mas acho que o afeto é ainda mais forte. A minha história acontece dentro da história dele, dentro da decisão da minha mãe sair de Sergipe e escolher esse filho”, contou a irmã, Maria Rita Prudente.

Multiparentadlidade

Nova certidão de nascimento do contador, emitida há poucos dias — Foto: Reprodução TV Santa Cruz

A multiparentalidade parte do princípio de que não existe apenas a organização tradicional da família – aquela composta por mãe, pai e filhos. Através dela, é possível registrar uma criança com duas mães ou dois pais, por exemplo.

No caso de José Arnaldo, o processo começou há cerca de dois anos e a autorização para a emissão da segunda via da certidão de nascimento foi concedida no final de 2022.

Nesta semana, ele recebeu o documento e agora pode assinar como José Arnaldo Prudente dos Santos. Mesmo com o trabalho que é refazer todos os documentos, o contador irá enfrentá-lo para ter o sobrenome do coração em todos eles.

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