O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST)  invade área da Suzano em Aracruz, no Espírito Santo

Segundo a assessoria do MST, a área seria patrimônio do governo do estado e estaria sendo grilada há anos pela antiga Aracruz Celulose, que foi incorporada pela Suzano; empresa deve pedir reintegração de posse

Segunda-Feira, 17/04/2023

Por Alenilton Malta | De cara com as feras

O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ocupou, na madrugada desta segunda-feira (17), uma propriedade da empresa fabricante de papel e celulose Suzano, em Aracruz, no Espírito Santo.

Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) invadiu, na madrugada desta segunda-feira (17), uma propriedade da empresa fabricante de papel e celulose Suzano, em Aracruz, no Espírito Santo.

Segundo a assessoria do MST, a área seria patrimônio do governo do estado e estaria sendo usada há anos pela antiga Aracruz Celulose, que foi incorporada pela Suzano.

Em nota, o movimento afirmou que 200 famílias ocuparam o terreno, em dois pontos de ocupação. “A informação partiu do IDAF (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal) na qual aponta que a Aracruz Celulose, atual Suzano, grila terra no estado há mais de três décadas, nos municípios de Serra, Aracruz, Linhares, São Mateus e Conceição da Barra. Chegando no total de mais de 11 mil hectares”, diz o comunicado.

“Queremos essas áreas para a Reforma Agrária, produzir alimentos saudáveis e acabar com a fome. Essas áreas podem assentar mais de mil famílias, se o governo do estado através do Incra destinar a criação de assentamento da reforma agrária.”

Segundo a CNN apurou, a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e a Suzano devem entrar com pedido de reintegração de posse da área ocupada.

No início de março, o MST ocupou três fazendas de monocultivo de eucalipto da empresa Suzano, em Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, no sul do estado da Bahia.

A reintegração de posse das três fazendas ocorreu pouco mais de uma semana depois da invasão das propriedades. A saída dos locais, em cumprimento a uma decisão da Justiça, ocorreu de forma pacífica e organizada.

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