Caso aconteceu depois da estudante sair de bar e pegar no sono dentro do veículo de aplicativo em Salvador.
Segunda-Feira, 17/04/2023
Por Alenilton Malta | De cara com as feras
A estudante Bruna Bittencourt denunciou ter sofrido um suposto assédio dentro de um carro de um motorista por aplicativo, em Salvador. De acordo com a denunciante, quando ela acordou, viu o condutor ao lado dela, no banco do passageiro, na parte do fundo do veículo.
O caso aconteceu na noite de sexta-feira (15) depois da estudante sair de um bar, no bairro de Cajazeiras, e ir para casa, em São Cristóvão.
“O motorista a principio foi simpático, educado e em momento nenhum demonstrou assédio ou algo do tipo. Nós seguimos o caminho pelo GPS e eu terminei pegando no sono, pelo cansaço da semana”, contou Bruna Bittencourt.
“Quando acordei, vi o motorista saindo da direção e indo para o banco traseiro, aonde eu estava, e vindo para cima de mim”.
Nesta segunda-feira (17), Bruna Bittencourt procurou a polícia para registrar o caso. No entanto, até o início da tarde aguardava atendimento na Delegacia Territorial (DT) de Itapuã.
Reação da vítima
Para a TV Bahia, a estudante contou que saiu do carro quando viu o motorista ao seu lado. Em seguida começou a gritar ao perceber que o homem cancelou a corrida.
“Ele entrou por um lado e eu saí pelo outro. Comecei a gritar com ele informando que ele não tinha direito de cancelar a corrida, porque no meio do caminho ele cancelou a corrida para que a plataforma não pudesse acompanhar”, relatou.
Bruna Bittencourt disse que não sabe ao certo em que lugar eles estavam, mas acredita que foi na região entre a Pedra do Sal e Stella Maris.
“Eu não conheço o lugar que estava, era no meio do nada, não tinha carros passando, casas e pessoas por perto. Tinham alguns carros estacionados, mas vazios”.
A jovem também teve dificuldades para chamar um outro motorista por aplicativo. Com isso, aceitou entrar no carro do suspeito, para que ele a deixasse em um local mais movimento. “Ele entrou no carro e falou: ‘Você não vai conseguir pegar Uber aqui, você quer que eu te deixe em uma via mais movimentada?'”, disse.
Bruna Bittencourt ligou para uma amiga, que ainda estava no bar, e compartilhou a localização. Ela afirmou que começou a gritar com o homem, como uma tática para tentar coibir uma nova tentativa de assédio.
“Na primeira rua que eu consegui me localizar, dei dois gritos para ele parar. A principio não parou, aí dei mais um grito e parou”.
A estudante ainda contou que saiu do carro em movimento e completou o caminho para casa a pé. Ela afirmou também que comunicou a empresa e recebeu um e-mail dizendo que entrariam em contato, mas isso não aconteceu até o início desta tarde.